O auxílio emergencial de R$ 600 do governo do federal vem como um sopro de alívio para trabalhadores informais, autônomos, microempreendedores individuais (MEIs) e beneficiários do Bolsa Família. Em meio a esse cenário, golpistas já estão se aproveitando da vulnerabilidade dessas pessoas, diante da pandemia do coronavírus, para furtar dados pessoais.
Desde março, em todo o país, mais de 6,7 milhões de pessoas já caíram em algum dos golpes do chamado "coronavoucher", segundo o DFNDR Lab, laboratório especializado em segurança digital da PSafe.
Os criminosos utilizam o auxílio de R$ 600, aprovado no dia 30 de março pelo Senado, para chamar a atenção das pessoas. A partir de mensagens compartilhadas pelo WhatsApp, os golpistas enviam links maliciosos que, ao serem acessados, podem roubar dados pessoais e bancários das vítimas.
Uma das mensagens afirma que os pagamentos começam nesta terça-feira (7), diferente do calendário oficial divulgado pela Caixa. Além disso, informa que é possível sacar a quantia imediatamente após preencher as informações, o que também é falso.
Quando o usuário clica no site indicado, é levado a um questionário com três perguntas: "Você recebe Bolsa Família?"; "Você é autônomo?"; "Você quer receber o auxílio?". Depois de respondê-las afirmativamente, aparece uma mensagem dizendo que o benefício foi aprovado, mas que, antes, é preciso compartilhar o link para seus contatos no WhatsApp.
Especialistas alertam que, para tornar o ataque mais verídico, alguns golpistas se aproveitam de ações reais que grandes empresas e o governo estão realizando para enfrentar o coronavírus. De acordo com o diretor do DFNDR Lab, Emilio Simoni, em entrevista ao Estadão, "a tendência é que o número de ataques e de vítimas aumente nos próximos dias, principalmente em decorrência do agravamento da situação do país neste momento de crise.
As vítimas recebem, por meio de aplicativos, principalmente o WhatsApp, uma mensagem sobre o auxílio de R$ 600. Nela, criminosos pedem que o usuário acesse um link e preencha um formulário para saber se tem ou não direito ao saque. As mensagens podem ter sido enviadas por parentes ou amigos, que compartilham sem saber que se trata de um golpe e que, dessa forma, acabam conquistando a confiança da vítima.
Alguns desses links são:
Evite clicar em links de mensagens que ofereçam brindes, prêmios ou benefícios. Na maioria das vezes, eles são golpes.
Desconfie de informações sensacionalistas ou ofertas muito vantajosas e busque fontes confiáveis. Se for "demais", procure por mais informações para saber se aquilo é verdadeiro ou não.
Se forem mensagens falando sobre assuntos governamentais, como benefícios sociais e questões de saúde pública, busque a informação em sites oficiais, como do Ministério da Economia e do Ministério da Saúde, e em veículos de imprensa conhecidos.
Não compartilhe mensagens sem antes verificar se a informação é verídica e se os links são seguros. A Gazeta tem um grupo de WhatsApp em que envia durante todo o dia informações de qualidade e checadas sobre o tema coronavírus. Para participar dele, basta clicar aqui.
Se você recebeu um link por mensagem e tem dúvida se o site é idôneo ou não, fique atento ao domínio dele. O endereço on-line de A Gazeta, por exemplo, é agazeta.com.br: se ele estiver no começo do link, por maior que seja, é provável que a URL seja autêntica. Além disso, fique atento a caracteres a mais ou a menos nesse endereço eletrônico. Se ele contiver algo como agaSeta.com.br, com um s no lugar do último z, ou com um "0" no lugar de um "o" tome cuidado. Em alguns casos ainda, é possível que usem um traço ("-") no lugar de um ponto ("."), por exemplo.
Uma outra dica bem simples é fazer uma busca no navegador do seu aparelho, pode ser Google, Bing, Yahoo ou qualquer outro. Basta digitar o nome da instituição que você quer encontrar. No Google, por exemplo, o link dos sites confiáveis aparece primeiro.
Uma ferramenta do Google possibilita checar se o endereço é confiável ou não. Acesse clicando aqui.
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