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Falta de gasolina afeta 200 postos da BR Distribuidora no ES, diz Sindipostos

Falta de gasolina afeta 200 postos da BR Distribuidora no ES, diz Sindipostos

Sindicato vai solicitar a ANP para investigar os motivos para o desabastecimento. Desde o dia 15, um navio com o combustível não consegue atracar no Porto de Tubarão devido às condições de maré

Publicado em 28 de novembro de 2019 às 13:15

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Data: 28/11/2019 - ES - Vitória - Posto na Vila Rubim está sem combustível desde o final de semana passado. (Caíque Verli)

O problema no abastecimento de combustíveis já tem afetado 200 postos da BR Distribuidora no Estado. Alguns estabelecimentos estão com pouca gasolina. Outros estão com os estoques zerados, segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Espírito Santo (Sindipostos-ES). Desde o dia 15, um navio com o combustível não consegue atracar no Porto de Tubarão por causa das condições de maré

De acordo com o sindicato, o mercado em geral não está desabastecido, já que postos de outras marcas estão adquirindo o combustível de outras distribuidoras. No entanto, estabelecimentos ligados à BR Distribuidora, e que só podem adquirir o produto dela, de acordo com o sindicato, relatam não receber gasolina desde a última sexta-feira (22). Dos 700 postos de combustíveis no ES, cerca de 30% são de bandeira BR, segundo o Sindipostos-ES.

O sindicato reclama da falta de um plano de contingência para resolução do problema. Segundo o vice-presidente da entidade, Dirceu Oliveira Filho, os consumidores podem ficar tranquilos pois há combustível no mercado, mas ressalta que existe o problema nos postos de bandeira BR.

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O que nós temos é um problema com a BR Distribuidora. Diante de uma dificuldade, de um problema com sua base de distribuição, instalada no Porto de Tubarão, houve o atraso de um navio e ela não tinha um plano de contingência para trazer combustível de outras maneiras para abastecer seus postos

Dirceu Oliveira Filho
Vice-presidente do Sindipostos-ES
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Ainda de acordo com o sindicato, alguns postos estão recebendo o combustível por outros modais, mas em pouca quantidade, o que não é suficiente para o funcionamento adequado dos estabelecimentos. A reportagem de A Gazeta também constatou essa situação durante um giro nos postos.

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Hoje, o mercado não está desabastecido, o consumidor pode ficar tranquilo. O problema está restrito aos postos BR que não estão recebendo o combustível desde sexta-feira da semana passada

Dirceu Oliveira Filho
Vice-presidente do Sindipostos-ES
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Segundo o sindicato, há previsão de que o navio consiga atracar nesta sexta-feira (29) e que o combustível também chegue por outros modais no mesmo dia. Até lá, os estabelecimentos vão enfrentando prejuízos. Por isso, o Sindipostos-ES informou que está fazendo uma notificação junto a Agência Nacional do Petróleo (ANP) para apurar os problemas de abastecimento junto a distribuidora.

"O Sindipostos-ES, hoje, em defesa de seus associados e dos postos que trabalham com a marca BR, está notificando a ANP no sentido de solicitar providências a apurar os fatos, porque uma distribuidora por força da legislação não pode deixar seus postos desabastecidos. Assim como os postos tem compromisso com a sociedade em não deixar faltar o produto, as distribuidoras não podem deixar seus postos desabastecidos", disse.

O OUTRO LADO

A BR Distribuidora foi procurada para falar sobre a situação da falta de abastecimento nos postos do Espírito Santo, do motivo deste problema, das medidas alternativas para minimizar os impactos e quando a situação será resolvida. A empresa manteve a nota enviada ontem, dizendo que pode ter ocorrido problema pontual no ressuprimento de alguns postos de serviço com sua bandeira no Estado. Confira a resposta na íntegra:

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"A BR Distribuidora informa que pode ter ocorrido problema pontual no ressuprimento de alguns postos de serviço com sua bandeira no estado, devido ao atraso na chegada de combustível por via marítima. Entretanto, a empresa já vem transferindo volumes de polos alternativos, por via rodoviária e ferroviária, até a programação de entregas ser totalmente normalizada."

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