A feira internacional do mármore e granito de Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, mais uma vez foi cancelada por conta da pandemia de coronavírus. O evento, que acontece tradicionalmente no mês de agosto, atrai compradores e vendedores do setor de rochas de várias partes do país e do mundo, além de movimentar a economia do município. Ele foi cancelado em 2020, também por causa da Covid-19.
O anuncio do novo cancelamento foi publicado no início desta semana pela empresa que promove a feira, Milanez & Milaneze, juntamente com o Sindicato das Indústrias de Rochas Ornamentais, Cal e Calcário do Espírito Santo (Sindirochas). A previsão é de que a Cachoeiro Stone Fair aconteça efetivamente no próximo ano, entre 23 e 26 de agosto de 2022.
“Desde o aumento de casos, mantemos intenso diálogo com órgãos e a decisão de cancelamento foi em conjunto com as empresas. Até por causa do cronograma da realização, tínhamos o deadline até o mês junho. Estamos repaginando o evento de 2022, o evento que acontecerá em fevereiro em Vitoria e também o Stone Summit, que é um projeto para compartilhar informações e conteúdos de qualidade do setor”, conta a organizadora da feira, Flávia Milaneze.
Na última edição, em 2019, a feira recebeu 17 mil visitantes. Em todos os anos, as novidades em pedras, máquinas e insumos são apresentadas aos empresários. Negócios são fechados não só na feira, mas ao longo do ano, uma vez que o Espírito Santo é o maior produtor e exportador de rochas ornamentais do Brasil. O município de Cachoeiro de Itapemirim é um polo estadual importante de beneficiamento do produto.
“A última feira foi um sucesso, pois teve uma visitação muita alta. E temos essa preocupação de não deixar o mercado cair, apesar dos números positivos neste ano para o setor. Queríamos fazer a feira, mas no próximo ano ela vem muito mais forte. A feira é um momento mágico de interação do setor e importante para Cachoeiro, pois movimenta a economia local”, diz o presidente do Sindirochas, Tales Machado.
Nesta época do ano, não fosse a pandemia, o setor hoteleiro já estaria aquecido e até sem acomodações para o período da feira. A gerente geral de um hotel na cidade, Brunela Della, conta que várias empresas até chegaram a fazer o orçamento e metade dos quartos tinham sido reservados. “A feira representa 70% de aumento da receita nesta época. Com o anuncio oficial, empresas já cancelaram”, revela.
Para o secretário de planejamento de Cachoeiro, Francisco Montovanelli, o impacto será grande, já que a feira movimenta não só no setor de rochas e hotelaria, mas toda a cadeia de prestação de serviços, que fica bem agitada com a montagem da estrutura durante os quatro dias. “Para Cachoeiro, não ter a feira representa um grande prejuízo. Em 2019 recebemos pessoas de 600 cidades brasileiras e 20% do público era internacional”, diz.
Com informações da repórter da TV Gazeta Sul, Priciele Venturini.
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