Com a chegada do fim do ano, também aparecem diversos convites de confraternização. E, entre esses compromissos, está a festa da firma. O evento é uma forma de celebrar o ano, o desempenho da equipe e ainda fortalecer as relações de trabalho. Entretanto, é preciso ter cuidado com os exageros para não comprometer a imagem profissional.
O conselheiro da Associação Brasileira de Recursos Humanos, seccional Espírito Santo (ABRH-ES), Cosme Peres, reforça ser importante marcar presença nesses encontros de fim de ano da empresa, pois é um momento importante de comemorar conquistas e resultados.
“Muitas vezes, o ambiente corporativo é um ambiente de pressão e de resolução de problemas do dia a dia, por exemplo. Na confraternização, esses elementos de cobrança não são o foco. O colaborador pode aproveitar o momento para estreitar um vínculo com uma pessoa de outro setor que tenha mais dificuldade de aproximação. Isso vai se refletir lá na frente. Ninguém é obrigado a ir, mas, ao mesmo tempo, é preciso pensar na importância desses encontros”, ressalta o executivo.
Mesmo que o ambiente seja descontraído, é importante evitar conversas invasivas e que causam algum desconforto, além de não cobrar ninguém sobre o trabalho naquele momento. A dica é explorar outros assuntos, como viagens, filmes e hobbies.
Peres lembra que a confraternização da firma é uma extensão do ambiente de trabalho e que, apesar de ser um momento de descontração, é preciso ficar atento, inclusive para efeitos legais. Neste ponto, é preciso ter cuidado com o que vestir e também quanto ao comportamento.
Uma das dicas do executivo para evitar qualquer tipo de problema é observar se no manual de conduta da empresa tem alguma orientação em relação a confraternizações. Um comportamento que vai contra ao código de conduta da empresa pode trazer consequências irreversíveis para a imagem desse trabalhador.
“Mesmo que no manual não conste nada sobre isso, o que vale é o bom senso. É aconselhável se vestir de forma confortável, mas sem cometer excessos."
Veja, por exemplo, se há alguma orientação sobre relacionamento entre funcionários, já que a festa do fim de ano pode ser um bom momento para flertar. Se isso for permitido, nunca é demais falar sobre limites, tendo o cuidado de fazer abordagens respeitosas e discretas.
No caso de bebidas alcoólicas, a orientação do especialista é a mesma. "O objetivo é confraternizar, e as pessoas que estão na festa fazem parte do nosso convívio profissional. Por isso, é necessário pensar de forma ética para evitar a conhecida ressaca moral”, ressalta.
Da mesma forma que os colaboradores, as empresas precisam tomar alguns cuidados para que as coisas não saiam do controle. Um dos cuidados a serem tomados está relacionado ao tempo de duração da festa, para que a confraternização não se estenda demais.
“O ambiente é favorável aos excessos. Dependendo do local da festa, e se houver bebidas alcoólicas, é possível disponibilizar transporte. A empresa tem responsabilidade quanto a isso. Reservar momentos de atividades lúdicas também pode ser uma boa alternativa de entretenimento. Quanto mais cuidados, mais agradável fica”, finaliza.
Para ajudar empregados e empregadores a festejar sem perder muito a "linha", o Tribunal Superior do Trabalho (TST) publicou, nas redes sociais, algumas dicas sobre como evitar comportamentos abusivos que podem ser evitados durante as comemorações. Confira abaixo:
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