A Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) anunciou nesta quarta-feira (20) uma reestruturação em todas as entidades que compõem o sistema diante da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus, conforme adiantou o colunista Leonel Ximenes. O programa inclui o desligamento de colaboradores e a redução de contratos, investimentos e despesas correntes.
Segundo apurou A Gazeta, mais de 200 profissionais foram demitidos, sobretudo de setores administrativos, em todas as entidades do Sistema Findes (Findes, Sesi, Senai, Cindes, Ideies e IEL). O corte representa, aproximadamente, 13% do total de funcionários. Todos que permaneceram nos quadros terão suspensão de contrato de trabalho ou redução de 25% de jornada e salário.
Em nota, o Sistema Findes afirmou que não vai fechar escolas do Sesi e do Senai no Espírito Santo. Em outros Estados, muitas Federações de Indústrias optaram por fechar unidades. "Destacamos que isso não ocorrerá no Espírito Santo: todas as unidades serão mantidas e os serviços, continuados", garante a Findes.
Segundo a Federação, "os colaboradores desligados contarão com extensão de 3 meses no plano de saúde, 2 meses de ticket alimentação e receberão mentoria para recolocação. A rescisão será paga integralmente e, quando houver a retomada do volume de produção, eles poderão participar de processos para recontratação".
Na nota, a Findes afirma que as medidas de contenção "são necessárias para atravessarmos este momento e mantermos as instituições cumprindo seu papel no presente e no futuro".
O Sistema Findes prevê uma perda de receita de R$ 51,4 milhões no ano, em função da MP 932, que reduziu em 50% os repasses para o Sistema S (dentre eles Sesi e Senai), e também devido à queda de receitas de serviços.
A nota destaca que "a crise que vivemos é sem precedentes, e as medidas tomadas pelos governos, em todas as esferas, para reduzir o impacto junto ao setor privado, estão aquém do necessário."
Veja a nota na íntegra:
"Reestruturação Sistema Findes
A pandemia do coronavírus afetou a economia global, atingindo a receita dos setores público e privado no mundo todo. O FMI projeta uma retração de 3% na economia mundial. No Brasil, as estimativas são de uma contração de até -6% do PIB. No Espírito Santo, o Tribunal de Contas prevê R$ 4 bilhões a menos de arrecadação estadual: o governo do Estado já anunciou cortes de R$ 3,4 bilhões. O Sistema Findes sofrerá uma perda de receita de R$ 51,4 milhões no ano, em função da MP 932, que reduziu em 50% os repasses para o Sistema S (dentre eles SESI e SENAI), e também devido à queda de receitas de serviços.
A crise que vivemos é sem precedentes, e as medidas tomadas pelos governos, em todas as esferas, para reduzir o impacto junto ao setor privado, estão aquém do necessário.
Diante desse cenário, a Diretoria decidiu adotar medidas de contenção, como redução drástica de contratos, investimentos e despesas correntes. Como isso não foi suficiente, fomos forçados a promover o desligamento de colaboradores, adotando também suspensão de contrato de trabalho e redução de 25% de jornada e salário, por três meses, para todos os colaboradores que permanecerem nos quadros.
Medidas semelhantes estão sendo adotadas na grande maioria das Federações de Indústrias de outros Estados, e muitas optaram por fechar unidades do SESI e do SENAI. Destacamos que isso não ocorrerá no Espírito Santo: todas as unidades serão mantidas e os serviços, continuados.
Os colaboradores desligados contarão com extensão de 3 meses no plano de saúde, 2 meses de ticket alimentação e receberão mentoria para recolocação. A rescisão será paga integralmente e, quando houver a retomada do volume de produção, eles poderão participar de processos para recontratação.
Entendemos que essas medidas são necessárias para atravessarmos este momento e mantermos as instituições cumprindo seu papel no presente e no futuro.
COMUNICAÇÃO FINDES - 20 de maio de 2020."
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta