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Gigante do aço vai usar caminhão autônomo em parque industrial no ES

Gigante do aço vai usar caminhão autônomo em parque industrial no ES

Proposta foi selecionada por edital pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações; o objetivo é selecionar projetos com uso das tecnologias 4.0

Publicado em 10 de setembro de 2022 às 10:24

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Caminhão autônomo que está em fase de teste na Arcelor
Caminhão autônomo terá a missão de aumentar a produtividade na planta industrial. (Lume Robotics / divulgação)

A inteligência artificial vai ajudar na produtividade e ainda reduzir custos e impactar positivamente no meio-ambiente. Uma das iniciativas que vão impulsionar a tecnologia será desenvolvida por meio do Projeto “Indústria 4.0 - Portaria Inteligente e Veículos Autônomos em Planta Industrial”, uma parceria da ArcelorMittal Tubarão com a Lume Robotics.

Para que o projeto seja desenvolvido, ele contará com recursos de um edital de incentivo. Trata-se do MCTI/Finep Tecnologias 4.0 – Subvenção Econômica à Inovação, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, que tem por objetivo selecionar propostas com uso das tecnologias 4.0. 

Uma delas será um caminhão para o uso de transporte de produtos dentro da planta industrial, que será o pontapé inicial do projeto. Também deve fazer parte da iniciativa o desenvolvimento de um carro de pequeno porte, 100% elétrico, para ser utilizado na movimentação de pequenas cargas. 

“Com o projeto, a ArcelorMittal e Lume Robotics consolidam a primeira operação de veículos autônomos em uma siderúrgica. Serão realizados testes e aprimoramentos que poderão ser expandidos para outras unidades da empresa. A iniciativa é de grande importância pois é uma tecnologia desenvolvida no Brasil e pode ser ampliada para outras partes do mundo”, explica o CEO da Lume Robotics, Rânik Guidolini.

De acordo com o CEO da Lume, a previsão é de aumento da produtividade, redução de custos e dos impactos no meio ambiente. A estimativa é de que a inovação provoque a redução de: 20% de consumo de combustível, 17% do custo operacional, 24% de depreciação e 34% dos acidentes.

“Já começamos a executar as primeiras etapas do projeto. A fase de testes terá a duração de três anos. Neste prazo, a intenção é demonstrar toda essa capacidade tecnológica para que toda a frota de transporte terrestre da usina seja composta por veículos autônomos”, resume.

A Lume Robotics é uma startup capixaba fundada em 2019. A empresa começou anos antes com o projeto Iara, na Ufes. Os veículos funcionam por meio de sensores que dão inteligência artificial ao equipamento, sem precisar da supervisão do ser humano.

A empresa é especializada em redes neurais profundas (Deep Learnig), inteligência artificial, visão computacional e robótica autônoma. No início de 2022, a Vix Logística, do Grupo Águia Branca, fez um aporte na Lume e tornou-se sócia da empresa.

O sistema, segundo Guidolini, é capaz de criar mapas e rotas de uma determinada região, localizar-se instantaneamente nesses mapas e trafegar de forma autônoma. O equipamento é direcionado para atender demandas de transporte interno dentro de empresas com grandes áreas.

A Lume também venceu o edital Petrobras, Contrato Público para Soluções Inovadoras (CPSI), para testar outro carro elétrico para o transporte de pequenas cargas.

No início de 2022, a empresa recebeu um aporte de R$ 1 milhão de um dos fundos de investimentos do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), o Seed4science.

Por ser uma modalidade diferente de um crédito tradicional, o fundo se torna sócio da empresa, auxiliando na gestão do modelo de negócios, que tem entre os cotistas o Bandes. Os Fundos de Investimento e Participações (FIP) identificam o potencial de crescimento de um negócio e entram como sócio acionista por um período determinado.

A vantagem de receber um aporte financeiro desta maneira é que o fundo, como acionista, traz experiência e boas práticas que apoiam a gestão e a governança da empresa que, com o tempo, ganha expertise e resultados.

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