A inteligência artificial vai ajudar na produtividade e ainda reduzir custos e impactar positivamente no meio-ambiente. Uma das iniciativas que vão impulsionar a tecnologia será desenvolvida por meio do Projeto “Indústria 4.0 - Portaria Inteligente e Veículos Autônomos em Planta Industrial”, uma parceria da ArcelorMittal Tubarão com a Lume Robotics.
Para que o projeto seja desenvolvido, ele contará com recursos de um edital de incentivo. Trata-se do MCTI/Finep Tecnologias 4.0 – Subvenção Econômica à Inovação, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, que tem por objetivo selecionar propostas com uso das tecnologias 4.0.
Uma delas será um caminhão para o uso de transporte de produtos dentro da planta industrial, que será o pontapé inicial do projeto. Também deve fazer parte da iniciativa o desenvolvimento de um carro de pequeno porte, 100% elétrico, para ser utilizado na movimentação de pequenas cargas.
“Com o projeto, a ArcelorMittal e Lume Robotics consolidam a primeira operação de veículos autônomos em uma siderúrgica. Serão realizados testes e aprimoramentos que poderão ser expandidos para outras unidades da empresa. A iniciativa é de grande importância pois é uma tecnologia desenvolvida no Brasil e pode ser ampliada para outras partes do mundo”, explica o CEO da Lume Robotics, Rânik Guidolini.
De acordo com o CEO da Lume, a previsão é de aumento da produtividade, redução de custos e dos impactos no meio ambiente. A estimativa é de que a inovação provoque a redução de: 20% de consumo de combustível, 17% do custo operacional, 24% de depreciação e 34% dos acidentes.
“Já começamos a executar as primeiras etapas do projeto. A fase de testes terá a duração de três anos. Neste prazo, a intenção é demonstrar toda essa capacidade tecnológica para que toda a frota de transporte terrestre da usina seja composta por veículos autônomos”, resume.
A Lume Robotics é uma startup capixaba fundada em 2019. A empresa começou anos antes com o projeto Iara, na Ufes. Os veículos funcionam por meio de sensores que dão inteligência artificial ao equipamento, sem precisar da supervisão do ser humano.
A empresa é especializada em redes neurais profundas (Deep Learnig), inteligência artificial, visão computacional e robótica autônoma. No início de 2022, a Vix Logística, do Grupo Águia Branca, fez um aporte na Lume e tornou-se sócia da empresa.
O sistema, segundo Guidolini, é capaz de criar mapas e rotas de uma determinada região, localizar-se instantaneamente nesses mapas e trafegar de forma autônoma. O equipamento é direcionado para atender demandas de transporte interno dentro de empresas com grandes áreas.
A Lume também venceu o edital Petrobras, Contrato Público para Soluções Inovadoras (CPSI), para testar outro carro elétrico para o transporte de pequenas cargas.
No início de 2022, a empresa recebeu um aporte de R$ 1 milhão de um dos fundos de investimentos do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), o Seed4science.
Por ser uma modalidade diferente de um crédito tradicional, o fundo se torna sócio da empresa, auxiliando na gestão do modelo de negócios, que tem entre os cotistas o Bandes. Os Fundos de Investimento e Participações (FIP) identificam o potencial de crescimento de um negócio e entram como sócio acionista por um período determinado.
A vantagem de receber um aporte financeiro desta maneira é que o fundo, como acionista, traz experiência e boas práticas que apoiam a gestão e a governança da empresa que, com o tempo, ganha expertise e resultados.
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