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Multinacional de cimento vende operação no Brasil, incluindo fábrica no ES

Multinacional de cimento vende operação no Brasil, incluindo fábrica no ES

Unidade do grupo na Serra emprega cerca de 100 pessoas. Compra da LafargeHolcim pela CSN foi avaliada em US$ 1 bilhão e está sujeita à aprovação do Cade

Publicado em 10 de setembro de 2021 às 15:00

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LafargeHolcim pretende se desfazer de ativos no país para diminuir níveis de endividamento
LafargeHolcim vendeu ativos no país para diminuir níveis de endividamento. (LafargeHolcim/Divulgação)

A CSN Cimentos anunciou nesta sexta-feira (10) a compra das operações brasileiras da suíça LafargeHolcim, gigante do setor, por US$ 1,025 bilhão. Como apurou o Estadão, o negócio inclui as cinco plantas integradas de produção de cimento que operam no país, quatro estações de trituração, seis unidades de agregação e 19 unidades de mistura de concreto.

A venda inclui, portanto, a fábrica localizada na Serra, na Região Metropolitana de Vitória, que é especializada na moagem. A empresa emprega cerca de 1,4 mil trabalhadores no país — sendo aproximadamente 100 no Espírito Santo, entre funcionários diretos e indiretos.

A Gazeta mostrou em abril que a LafargeHolcim, maior fabricante de cimento do mundo, estava buscando vender todos os seus ativos no país para reduzir os níveis de endividamento da companhia.  À época, a filial brasileira da empresa suíça tinha 10% do mercado brasileiro de cimentos.

Hoje, a LafargeHolcim tem pouco mais de uma dezena de fábricas no país, inclusive a unidade de moagem na Serra, adquirida do grupo Paraíso na década de 1990.

A planta, em funcionamento desde meados da década de 1980, aproveita a escória de alto-forno (um tipo resíduo da siderurgia) da ArcelorMittal Tubarão, que é moída, secada e redistribuída para outros locais do país, mas que também é utilizada na produção de cimento pela fábrica no Estado.

Em comunicado ao mercado nesta sexta, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) informa que a aquisição "adiciona uma capacidade produtiva à da CSN Cimentos de 10,3 milhões de toneladas de cimento por ano (“MTPA”) por meio de plantas de cimentos estrategicamente localizadas no Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste, além de substanciais reservas de calcário de alta qualidade e unidades de concreto e agregados".

Com a operação, a CSN aposta no crescimento do setor no país. "Este movimento se insere na estratégia de expansão da CSN Cimentos em meio à recuperação do consumo de cimento no Brasil, demonstrando a capacidade da empresa de assumir papel de destaque no setor", diz o fato relevante.

Em função da concentração do mercado, o processo deve passar pelo crivo do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), o órgão antitruste brasileiro. Mas, caso a venda se concretize, a LafargeHolcim se somará a outras multinacionais, como Sony, Ford, LG e Mercedes-Benz, que deixaram o Brasil nos últimos meses, em meio à crise econômica e política.

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