Golpistas de todo o Brasil estão utilizando a difícil situação econômica dos trabalhadores em época de coronavírus para aplicar golpes relacionados ao saque do FGTS e do auxílio emergencial de R$ 600. Os bandidos prometem a liberação dos valores que as pessoas têm direito, mas acabam roubando os dados das vítimas.
De posse dessas informações, os criminosos podem aplicar uma série de outros fraudes. Com os dados da vítima o criminoso consegue fazer o pedido de benefícios sociais, abrir conta em bancos, pedir empréstimo, fazer compras a prazo tudo isso em nome da pessoa que caiu no golpe, destaca o titular da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos, delegado Brenno Andrade.
De fato, o governo federal anunciou que vai liberar o saque de R$ 1.045 no FGTS dos trabalhadores, assim como está fazendo o cadastro das pessoas que podem receber o auxílio emergencial de R$ 600. No entanto, não há nenhum meio de acelerar o processo de pagamento do auxílio emergencial, ou de recebimento do FGTS.
O delegado ainda ressalta que na maior parte das vezes o golpe chega até a vítima por mensagem de WhatsApp. Os criminosos aproveitam os assuntos mais falados do momento para aplicar os golpes no ambiente virtual. Geralmente eles mandam um link para a pessoa se cadastrar para receber o FGTS, os R$ 600, ou qualquer outra coisa as pessoas fazem o cadastro e ainda compartilham o link falso, explica Andrade.
De acordo com Emilio Simoni, diretor do Dfndr Lab, laboratório especializado em segurança digital da PSafe, os criminosos têm sucesso porque trabalham com notícias que são muito buscadas. Essa questão da pandemia está sendo um prato cheio para eles. Somente o golpe do auxílio emergencial teve mais de 11 milhões de acessos e compartilhamentos, exemplifica.
De acordo com Brenno Andrade, o bom senso é o principal aliado das pessoas na hora de escapar de uma cilada. É não acreditar em tudo que chega pelo WhatsApp, pelo e-mail, ainda que quem enviou seja uma pessoa conhecida. Também é importante ter um pacote de antivírus instalado, se possível pago. Esses programas ajudam a identificar sites maliciosos antes mesmo que a pessoa abra a mensagem, justifica.
Outra dica do delegado é sempre buscar as fontes oficiais de informação. As páginas do governo sempre terminam com .gov.br. Então, se você receber informações de um site caixa.com.br, por exemplo, já pode desconfiar. O correto é caixa.gov.br, comenta. O mesmo vale para buscar aplicativos do governo federal.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta