A região da Grande Vitória registrou uma deflação no preço dos produtos pelo segundo mês seguido. Em maio, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) recuou 0,48% ,impactado principalmente pelo preço dos gastos com transporte (que caíram 1,95%) e com habitação (que reduziram 1,18%). É isso que mostra os dados divulgados nesta quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado é o menor para maio desde 2014, quando a inflação passou a ser medida na Região Metropolitana capixaba.
Nos gastos com transporte chama a atenção a queda no preço das passagens aéreas (30,15%), do transporte público (7,53) e dos combustíveis a gasolina caiu 6,7% e o óleo diesel 7,86%. Já nos gastos com habitação as maiores reduções foram observadas no preço da energia (-3,64%) e no valor do aluguel (-0,8%).
Já a alta dos preços foi observada nos alimentos e bebidas (0,53%) e nos artigos de residência ( 0,95%). Na parte alimentícia se destaca a variação dos preços da manga (37%), batata inglesa, que subiu 31,21%, da cebola (25,77%), banana da terra (19,01%) e tomate (7,97%). As quedas foram observadas no preço na cenoura (-21,09%), banana prata (-18,13%) e leite longa vida (5,08%).
Já no setor de artigos de residência se destacam o aumento do preço dos eletrodomésticos: máquinas de lavar roupa (4,8%), televisões (3,89%) e fogões (3,18%). Também subiram os preços das roupas de cama e de banho. O preço de móveis, no entanto, apresentou queda de 2,14% (móveis para sala), 2,99% (móveis para cozinha) e 1,34% (móveis para quartos).
De acordo com o IBGE, o IPCA de maio foi de -0,38% no país, enquanto a taxa registrada em abril foi de -0,31%. Essa é a menor variação mensal desde agosto de 1998 (-0,51%). No ano, o IPCA acumula queda de 0,16% e, nos últimos doze meses, alta de 1,88%, abaixo dos 2,40% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em maio de 2019, a taxa havia ficado em 0,13%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco tiveram deflação em maio. O maior impacto negativo do mês, -0,38 ponto percentual (p.p.), veio dos transportes, cuja queda de 1,90% foi menos intensa que a de abril (-2,66%). Outros destaques foram vestuário e habitação, que recuaram 0,58% e 0,25% respectivamente.
No lado das altas, o valor de venda dos artigos de residência subiu 0,58% ante o recuo do mês anterior (-1,37%). Alimentação e bebidas (0,24%) desacelerou em relação a abril (1,79%). Os demais ficaram entre a queda de 0,10% em saúde e cuidados pessoais e a alta de 0,24% em comunicação.
Assim como em abril, o resultado do grupo transportes (-1,90%) foi influenciado pela variação nos preços dos combustíveis (-4,56%). O maior impacto sobre o índice do mês foi negativo (-0,20%) e veio, novamente, da gasolina (-4,35%), cuja queda foi menos intensa que a registrada em abril (-9,31%).
O etanol seguiu o mesmo movimento, com variação de -5,96% em maio frente aos -13,51% de abril, enquanto o óleo diesel (-6,44%) apresentou resultado próximo ao do mês passado (-6,09%), com impacto de -0,01%.
Em nível nacional, a maior queda dos preços foi observada em Belo Horizonte (0,60%) e a menor queda foi registrada em Recife (0,18%). Em nenhum dos locais pesquisados pelo IBGE foi registrado um aumento generalizado dos preços.
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