O movimento por reajuste dos salários dos auditores fiscais da Receita Federal, que ocorre desde novembro, foi intensificado no mês de fevereiro. Responsáveis por liberar os produtos que chegam ao país do exterior, esses profissionais estão até o dia 26 de fevereiro atuando com “desembaraço zero”, um acirramento da operação padrão que já vinha acontecendo.
Dessa forma, as cargas ficam retidas nos pontos da Receita, como portos e aeroportos. Com a greve, produtos que demoravam uma semana para serem liberados agora têm a espera estendida para um mês, segundo o presidente do Sindifisco/ES, Auditor-Fiscal José Henrique Mauri.
O objetivo do movimento é pressionar o governo a atender a pauta dos auditores-fiscais, que, entre outras reivindicações, incluiu o reajuste do vencimento básico, congelado desde 2016, exceto os 9% concedidos em 2023.
Durante o movimento, segundo ele, as mercadorias que estão passando são as essenciais, como medicamentos, alimentos perecíveis, animais, entre outros itens. No Estado, os armazéns nos portos e recintos alfandegados estão lotados, com dificuldade operacional. As mercadorias não estão saindo como regularmente, criando gargalos e congestionamento.
Os gargalos não ocorrem só para as empresas ligadas ao comércio exterior que recebem as importações. As pessoas físicas que fazem pedidos internacionais também estão tendo que aguardar mais tempo. Normalmente, as encomendas que chegam ao país para pessoas físicas são analisadas no Sul do país e em São Paulo, segundo Mauri.
Após o dia 26, caso os auditores — que fazem o movimento em todo o país – não sejam ouvidos pelo governo, uma das ideias é aumentar o percentual de retenção de mercadorias para análise. “Se, atualmente, 10% fica retido para avaliação dos fiscais da receita, poderemos ampliar para 12%, por exemplo, o que vai provocar maior espera”, afirma Mauri.
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