Das quatro ferrovias privadas previstas para o Espírito Santo nos próximos anos, após autorização do governo federal, duas delas já estão com contrato assinado, em fase de licenciamento ambiental, e têm previsão de início das obras para o início de 2026. Nessa situação, encontram-se duas estradas de ferro no Norte do Espírito Santo, que estão sendo desenvolvidas pelo grupo Petrocity.
As obras da Petrocity estão em fase de obtenção de licenças ambientais e a empresa já iniciou os estudos, conforme requisitos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), segundo detalhou o presidente do grupo, José Roberto Barbosa da Silva.
Quatro construtoras envolvidas diretamente no projeto devem assinar um convênio para realizar as obras. Quando forem autorizadas, o que está previsto para meados de 2026, serão sete frentes simultâneas trabalhando na construção da ferrovia, ao longo do traçado, com o objetivo de acelerar a implantação.
O custo total do projeto é estimado em R$ 28 bilhões, sendo R$ 23,5 bilhões o valor previsto para a obra das ferrovias. O restante do valor será destinado para a construção do porto do grupo, em Urussuquara, São Mateus. Para capitanear recursos, já há memorando de entendimento assinado com dois fundos, entre outras iniciativas.
A previsão é que, em 2031, a operação tenha início, juntamente com o porto da Petrocity, que tem o cronograma semelhante. Mas a intenção é adiantar a entrega até 2029, afirmou Silva. A previsão é gerar 10 mil empregos após o início das operações ao longo de todo o trecho.
As ferrovias da Petrocity:
Todos os quatro trechos de estrada de ferro privadas serão interligados, permitindo o transporte de cargas ao longo do percurso. Também será possível se integrar ao grid ferroviário nacional, complementando as ferrovias já existentes e em desenvolvimento. Além de garantir transporte de mercadorias entre as regiões produtivas, a via também vai possibilitar a chegada de cargas a terminais portuários, como o futuro porto da Petrocity, em São Mateus. O investimento vai abrir, assim, uma nova ligação ferroviária do Centro-Oeste e de Minas Gerais com o Espírito Santo.
Além dos ramais ferroviários, o projeto ainda prevê a implantação, ao longo da ferrovia, de 11 portos secos, sendo dois no Espírito Santo: um em São Mateus e outro em Barra de São Francisco, no Noroeste do Estado. Nesses locais, haverá transbordo dos materiais transportados, sendo esperados produtos agrominerais.
A ideia é que os portos secos recebam cargas das regiões onde estão localizados ao longo da ferrovia, possibilitando também o transporte entre as regiões atendidas e não só para o porto no Espírito Santo, por exemplo.
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