A importação de produtos pelo Espírito Santo cresceu 25% ao longo de 2019 - saindo de US$ 5 bilhões em 2018 para US$ 6,27 bilhões no ano passado. O número vai na contramão do que foi observado em todo o Brasil, que reduziu em 2% o total de produtos importados.
Segundo o Sindicato do Comércio de Exportação e Importação (Sindiex), a participação do Espírito Santo nas importações feitas pelo Brasil corresponde a 3,5% do total nacional. Esse percentual fez do Estado o 9º no ranking de importações - subindo uma posição em relação a 2018.
A compra de aeronaves impulsionou esses números. O que fez as importações subirem assim foi o trabalho das empresas do setor. Elas encontraram um nicho de mercado, no setor de aeronaves, que vez com que as nossas importações tivessem esse salto, explicou o presidente do Sindiex, Marcílio Machado.
O produto que mais chegou pelas divisas capixabas, seja por portos, aeroportos ou vias terrestres, foi o carvão mineral, representando 15% de participação nas nossas importações (US$ 948 milhões). Mesmo sendo o produto mais importado, a compra de carvão apresentou uma queda de 5% na comparação com o mesmo período de 2018.
Logo na sequência como produtos mais importados aparecem automóveis, aeronaves, aparelhos elétricos para telefonia e equipamentos hidráulicos, conforme apresenta a tabela abaixo:
Machado acredita que o ano de 2020 pode ser ainda melhor para as empresas do setor. O clima, o ambiente de negócios no Brasil melhorou. Esse ano a gente deve fechar como um dos quatro maiores destinos de investimento, diz otimista.
Se as importações aumentaram, as exportações - vendas de produtos para outros países - caiu. O valor consolidado em 2019 foi de US$ 8,7 bilhões - 1% menor do que o registrado em 2018. A participação capixaba no montante nacional é de 3,7%. No Brasil, o total exportado foi US$ 223,9 bilhões - 6% a menos que em 2018.
No Estado, o minério de ferro foi o principal produto vendido para outros países. O total comercializado representa US$ 2,05 bilhões. Ainda assim, segundo o Sindiex, o total vendido em 2019 apresenta uma queda de quase 30% na comparação com 2018. Já os setores de petróleo e rochas ornamentais registraram crescimento de 7% e 6%, respectivamente.
A gente começou o ano com uma notícia muito positiva para as exportações, que é o começo do acordo dos Estados Unidos com a China. Em vez de confronto eles estão sinalizando cooperação. Isso é bom para o Brasil porque esses países devem passar a produzir mais e nós vendemos matéria-prima para eles, analisou o presidente do Sindiex.
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