A produção das indústrias do Espírito Santo voltou a ter resultado positivo. No mês de setembro, em comparação ao mês anterior, a atividade industrial encerrou o mês com um crescimento de 5%. O resultado positivo veio depois de uma queda de 2,7% em agosto. Porém, apesar da reação, nas demais bases de comparação, o desempenho do Estado continua sendo negativo.
De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada nesta terça-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na variação percentual de setembro de 2020 com setembro de 2019, a produção industrial capixaba soma queda de 11%, o pior resultado do país.
As indústrias extrativa (-28,2%) e metalúrgica (-16,8%) foram as principais responsáveis pelo índice negativo no comparativo de setembro deste ano com o mesmo mês do ano passado. Já os setores alimentícios (24,3%), de fabricação de produtos de minerais não-metálicos (16,9%), da transformação (5,1%) e de pepel e celulose (3,1%) tiveram bom desempenho.
No acumulado do ano, de janeiro a setembro, em comparação com o mesmo período do ano passado, as indústrias capixabas tiveram retração de 18%. Isso ocorreu, principalmente, por conta dos efeitos da pandemia do novo coronavírus.
Segundo os dados da PIM, esse resultado deve-se principalmente a indústria extrativa (-29,9), metalúrgica (-21,5), fabricação de produtos de minerais não-metálicos (-8,1) e da transformação (-7,4).
Já as indústrias de papel e celulose (9,6%) e alimentícia (2,4%) mostraram desempenho positivo no acumulado de janeiro a setembro, em comparação com o mesmo período de 2019.
No acumulado dos últimos 12 meses, a indústria capixaba também teve desempenho negativo: -19,3%. Indústria extrativa (-30,5), metalúrgica (-21,8), papel e celulose (-7,6%), fabricação de produtos minerais não-metálicos (-4,6) e da transformação (-8,9) tiveram os piores desempenhos. Já a indústria alimentícia (4,4%) foi a única que cresceu.
A pesquisa de produção industrial do IBGE ainda mostrou que a atividade industrial, de agosto para setembro de 2020, na série com ajuste sazonal, teve alta de 2,6%. O resultado positivo ocorreu em 11 dos 15 locais pesquisados, refletindo a ampliação do retorno à produção, após as paralisações devido à pandemia da Covid-19.
O Paraná (7,7%) teve a expansão mais acentuada, sua quinta taxa positiva consecutiva, acumulando ganho de 46,2% nesse período. Amazonas (5,8%), São Paulo (5,0%), Rio Grande do Sul (4,5%), Santa Catarina (4,5%) e Bahia (4,0%) também mostraram avanços acima da média nacional.
Além desses Estados, Minas Gerais (1,9%), Ceará (1,3%), Região Nordeste (1,1%) e Goiás (0,4%) completaram o conjunto de locais com índices positivos nesse mês.
Por outro lado, Mato Grosso (-3,7%) apontou o recuo mais elevado em setembro, eliminando o avanço de 1,3% do mês anterior. Rio de Janeiro (-3,1%), Pará (-2,8%) e Pernambuco (-1,3%) assinalaram os demais resultados negativos nesse mês.
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