Ao longo do ano de 2023, a indústria capixaba apresentou taxas de crescimento positivas. O Espírito Santo teve o segundo melhor resultado do país tanto na produção industrial do mês de novembro (4,3%) frente a outubro quanto ao avaliar de janeiro a novembro do ano passado (9,4%). Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e foram divulgados nesta sexta-feira (12).
Naquele mês de 2023, o Estado ficou atrás do Paraná, que teve 5,4% de crescimento e, no acumulado do ano, foi superado pelo Rio Grande do Norte, com 12,2%. No acumulado do ano, o Brasil registrou 0,1% de alta, enquanto, só no mês de novembro, a variação positiva foi de 0,5%.
A presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Cris Samorini, lembra que a indústria capixaba gerou mais de 14 mil empregos formais de janeiro a novembro do ano passado. Para ela, o Espírito Santo vem cada vez mais se consolidando como uma referência para o país e os números mostram isso.
A gerente de Inteligência de Dados e Pesquisas do Observatório da Indústria da Findes, Suiani Febroni, explica que o resultado capixaba, no acumulado de janeiro a novembro do ano passado, foi impulsionado, principalmente, pela indústria extrativa, que cresceu 18,9% no período.
“O avanço da indústria extrativa capixaba é explicado pelo aumento de produção em duas atividades relevantes no Estado: a pelotização de minério de ferro e a extração de petróleo e gás natural”, aponta.
Segundo os dados da Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANP), de janeiro a outubro de 2023, a extração de petróleo cresceu 20,7% e a de gás natural 21,5%.
A economista pontua que a produção da indústria de transformação capixaba recuou 4,9% no acumulado do ano até novembro de 2023. “Mesmo em queda, o setor minimizou parte das perdas registradas no acumulado de janeiro a outubro (-6,2%) devido à manutenção da trajetória de crescimento do setor de papel e celulose e também a reversão da queda na fabricação de produtos alimentícios”, comenta Suiani Febroni.
De acordo com a economista, a atividade de papel e celulose começou a se recuperar a partir do terceiro trimestre de 2023, motivada, entre outros fatores, pela melhora das demandas dos mercados europeu e chinês e da ausência de parada programada nas plantas da Suzano no Estado.
"Já no caso da fabricação de produtos alimentícios, houve crescimento na produção de carnes de bovinos congeladas e de açúcar cristal. Esses produtos impulsionaram o setor em 2023”, conta.
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