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Indústria precisará de 179 mil profissionais qualificados até 2025 no ES

Indústria precisará de 179 mil profissionais qualificados até 2025 no ES

Setor exige a qualificação de 140 mil pessoas que já estão no mercado de trabalho e a formação de 39 mil novos profissionais; chances são para todas as escolaridades

Vitória

Publicado em 25 de maio de 2022 às 13:23

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Trabalhador
Espírito Santo tem hoje 15,5 mil indústrias. (Pixabay)

A indústria do Espírito Santo vai precisar de 179 mil trabalhadores qualificados nos próximos quatro anos. Deste total, 39 mil serão para a formação de novos profissionais e 140 mil treinamentos para atualizar quem já está no mercado de trabalho. Os números fazem parte do Mapa do Trabalho Industrial 2022-2025, realizado pelo Observatório Nacional da Indústria. Em todo o país, esta demanda chega a 9,6 milhões de pessoas.

A necessidade de mão de obra deve estar distribuída pelas mais diversas áreas como transversais, logística e transporte, construção, metalmecânica, alimentos e bebidas, entre outras, de acordo com levantamento divulgado pela Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes). As formações necessárias vão desde cursos com menos de 200 horas até o nível superior.

Em alta, estão carreiras como analista de tecnologia da informação, técnico de planejamento e controle, mecânico de manutenção de máquinas industriais e alimentadores de linha de produção. O Espírito Santo tem hoje 15,5 mil indústrias que geram quase 220 mil postos de trabalho. O setor representa 26% do Produto Interno Bruto (PIB) capixaba.

Segundo o diretor regional do Senai e superintendente do Sesi no Espírito Santo, Cláudio Marcassa, o estudo aponta que 78% de quem já está no mercado vai precisar se atualizar para manter a empregabilidade.

“Aquela premissa de que a pessoa se formava e permanecia somente com ela até se aposentar não existe mais. Eles precisam estar em constante atualização até porque há transformações do mercado de trabalho, introdução de novos processos industriais e tecnologias. Por isso, é tão necessário estar sempre se qualificando, pois a pessoa corre o risco de ficar para trás”, alerta Marcassa.

O restante dos treinamentos deverão ser voltados para a reposição de profissionais que já se aposentaram e também para o surgimento de novas vagas. “O mercado já dá sinais de recuperação e empresas estão ampliando seus parques industriais. Para isso, 39 mil pessoas precisam se qualificar para atuar no segmento industrial. Ouvimos falar do crescimento do desemprego, mas o que ocorre é que o trabalhador não está qualificado para preencher as oportunidades”, observa o diretor.

Marcassa comenta que o Senai oferece desde a formação inicial, com cursos com menos de 200 horas, até cursos técnicos. Há opções de treinamentos gratuitos e pagos. Para isso, ele ressalta que os interessados devem procurar uma das unidades para identificar qual a qualificação que a pessoa pode ter mais aptidão.

“A cultura brasileira não valoriza o curso técnico, como ocorre na Europa e nos Estados Unidos, mas este cenário está mudando. Essas carreiras estão cada vez mais valorizadas e bem remuneradas, pois são imprescindíveis para a indústria. Cada região tem a sua particularidade, mas não podemos esquecer daquelas carreiras consideradas transversais, ou seja, podem atuar em qualquer segmento industrial como é o caso de técnico em segurança do trabalho e eletricista industrial”, ressalta.

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