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Indústrias adotam estratégias de segurança e voltam a produzir no ES

Indústrias adotam estratégias de segurança e voltam a produzir no ES

Empresas estão retomando gradualmente as atividades. Entre as ações para evitar doença no ambiente de trabalho está a medição da temperatura

Publicado em 17 de abril de 2020 às 06:00

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Imetame
Trabalhadores na Imetame antes da crise do coronavírus. (Monique Moro Machado/Divulgação Imetame)

A chegada e o avanço do contágio do coronavírus no Espírito Santo tem causado vários problemas na vida das pessoas. Empresas das áreas de serviços, comércio e indústria chegaram a parar completamente, mas, aos poucos, começam a retomar suas atividades. As companhias têm adotado estratégias para isso: que incluem a medição da temperatura dos funcionários, o uso de máscaras e o distanciamento obrigatório de 1,5 metro entre os colaboradores.

De acordo com o gerente de Petróleo e Gás da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Durval Vieira de Freitas, empresas como a Jurong, Suzano e Frioar estão voltando às atividades – desde que destacados os cuidados com a saúde dos empregados. Da mesma forma, representantes da construção civil também estão retomando os trabalhos.

“Está todo mundo consciente dos cuidados com a saúde, mas também sabemos da necessidade de voltar a produzir. Tem que haver um equilíbrio”, avalia Durval Vieira.

Uma das empresas que tem começado aos poucos é a Imetame, que interrompeu sua produção no dia 23 de março em praticamente todas as frentes de serviço. De acordo com a empresa, está sendo implantado um conjunto de ações para preservar a saúde dos empregados no retorno ao trabalho.

Entre as ações estão a orientação referente aos cuidados com higiene pessoal, o fornecimento de quatro máscaras para os trabalhadores, medição da temperatura corporal no início da jornada de trabalho, marcações de 1,5m de distanciamento entre trabalhadores, entre outras medidas.

“A cada dia, o mundo vem recebendo novas informações e a empresa deve estar atenta a este movimento para que se atualize. Todos juntos, empresa e colaboradores, devem fazer a sua parte com a consciência da importância de se cuidarem”, informou, por meio de nota.

A Findes também informou que  a Diretoria de Saúde e Segurança da Indústria do Sesi ES elaborou cartilhas de medidas para combater a Covid-19 em indústrias. Cada setor industrial possui a sua própria cartilha, em observação as recomendações das autoridades sanitárias no combate ao novo coronavírus. São protocolos com medidas a serem seguidas para que as operações transcorram em segurança. As cartilhas estão disponíveis no site da Findes, à disposição de todas as empresas.

PEDIDO PARA QUE COMÉRCIO COMECE A REABRIR GRADATIVAMENTE

O diretor-presidente da Móveis Rimo e presidente da Câmara Setorial da Indústria Moveleira, Luiz Rigoni, defende que o comércio passe a reabrir gradativamente – em dias e horários alternados. Segundo Rigoni, a Móveis Rimo ficou paralisada, mas deve retomar nos próximos dias para concluir os projetos que já estavam encomendados.

“Só vamos concluir esses pedidos que já estavam feitos. Não tem pedido novo chegando, então vamos reduzir a carga horária dos trabalhadores em 50%. Devemos fazer isso nos dias 22 e 26 de abril”, adianta.

“Estou até passando uma sugestão para a federação propor ao governo estadual que permita que as lojas abram duas vezes por semana para atender o público, desde que os clientes estejam com máscaras. Alterar os horários das lojas, enfim, fazer algo para que consigamos voltar”, sugere.

NORMALIDADE, TALVEZ, SÓ NO FINAL DO ANO

Durval Vieira não acredita numa recuperação rápida para a situação econômica causada pelo coronavírus. Segundo ele, a normalização da situação pode acontecer só no ano que vem. “Este ano, eu diria que vai ser muito difícil para todos. Alguns setores podem até se superar – alimentos e saúde, por exemplo –, mas a queda do PIB que tem sido esperada é muito grande”, avalia.

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“Celulose e mineração também estão bem, mas a maior parte das cadeias está paralisada. Quem me conhece sabe que sou bastante otimista, mas nunca tinha visto uma crise assim,” conclui.

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