A inflação na Grande Vitória teve alta de 0,92% em fevereiro. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O grupo de serviços que mais pesou no orçamento das famílias no mês estudado foi educação, com avanço de 6,65%.
De acordo com o IBGE, habitação teve o segundo maior crescimento no custo (1,54%). Já a alimentação, que por muito tempo seguia impactando nas finanças, teve recuo de 0,14%, assim como vestuário, que também caiu 0,18%.
A inflação oficial do Brasil também teve alta significativa, de 0,84% em fevereiro, com a pressão dos reajustes da área de educação.
É o que apontam os dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) divulgados nesta sexta-feira (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A taxa veio acima da mediana das projeções do mercado financeiro. Analistas consultados pela agência Bloomberg projetavam inflação de 0,78% em fevereiro. O IPCA havia subido 0,53% na divulgação anterior.
Com o novo resultado, o índice passou a acumular alta de 5,60% em 12 meses. Nesse recorte, o avanço era maior, de 5,77%, até janeiro.
Apesar da desaceleração em 12 meses, o IPCA acumulado segue acima da meta de inflação perseguida pelo BC (Banco Central) para 2023. O centro da meta é de 3,25% neste ano. O intervalo de tolerância é de 1,5 ponto percentual para mais (4,75%) ou para menos (1,75%).
A atuação do BC virou alvo de críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) neste início de governo. O motivo foi o patamar dos juros no país.
Para tentar conter a inflação, o BC vem deixando a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano. Ao esfriar a demanda por bens e serviços, a medida busca frear os preços e ancorar as expectativas para o IPCA.
O efeito colateral é a perda de fôlego da atividade econômica, porque o custo do crédito fica mais alto para empresas e consumidores. Essa desaceleração já apareceu nos dados do PIB (Produto Interno Bruto) do quarto trimestre de 2022, antes da posse de Lula.
Dos 9 grupos de produtos e serviços do IPCA, 8 tiveram alta em fevereiro, informou o IBGE nesta sexta. O destaque veio de educação.
Esse segmento foi responsável pelo maior impacto no índice, de 0,35 ponto percentual, e pela maior variação, de 6,28%. É a taxa mais alta desde fevereiro de 2004 (6,70%), disse o IBGE.
"Fevereiro é sempre muito marcado pela educação, pois os reajustes efetuados pelos estabelecimentos de ensino na virada do ano são contabilizados nesse mês. Normalmente, essa alta de educação fica indexada ao próprio IPCA, ou seja, o reajuste das mensalidades é baseado na inflação do ano anterior", afirmou Pedro Kislanov, gerente da pesquisa do IBGE.
Dentro do grupo, os cursos regulares subiram 7,58%, puxados por ensino médio (10,28%), ensino fundamental (10,06%), pré-escola (9,58%) e creche (7,20%).
O subitem ensino fundamental teve o maior impacto individual no IPCA do mês (0,15 ponto percentual). O IBGE destacou ainda as altas do ensino superior (5,22%), dos cursos técnicos (4,11%) e da pós-graduação (3,44%).
A sequência dos grupos é formada por saúde e cuidados pessoais (1,26%) e habitação (0,82%), que aceleraram em relação a janeiro. Os segmentos contribuíram com 0,16 ponto percentual e 0,13 ponto percentual, respectivamente.
Transportes (0,37%) e alimentação e bebidas (0,16%), por outro lado, tiveram variações inferiores às registradas no mês anterior (0,55% e 0,59%).
Nos transportes, a maior contribuição (0,05 ponto percentual) veio da gasolina (1,16%). Foi o único combustível em alta em fevereiro.
Etanol (-1,03%), gás veicular (-2,41%) e óleo diesel (-3,25%), por outro lado, recuaram no mês passado. Outro destaque foi o resultado das passagens aéreas, que caíram 9,38%.
O grupo alimentação e bebidas, por sua vez, foi influenciado pela desaceleração da alimentação no domicílio (de 0,60% em janeiro para 0,04% em fevereiro).
Houve queda nos preços das carnes (-1,22%), da batata-inglesa (-11,57%) e do tomate (-9,81%). Pelo lado dos avanços, o destaque veio do leite longa vida (4,62%). Os preços da bebida voltaram a subir após seis meses consecutivos de quedas.
Vestuário (-0,24%) foi o único grupo a mostrar queda. Trata-se da segunda baixa consecutiva.
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