A inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), voltou a crescer na Grande Vitória. Em setembro, o indicador que havia apresentado deflação de 0,3% em agosto cresceu 0,83%, alcançando o maior patamar para um mês desde dezembro de 2019 (0,85%), e o pior resultado para setembro desde 2018 (0,88%). No ano, o acumulado é de 1,76%.
Não apenas são os resultados mais elevados do Sudeste brasileiro, como estão acima da média nacional. O país registrou, no mês, aumento de 0,64% na inflação maior alta para o mês desde 2003. No acumulado do ano, o acréscimo foi de 1,34%, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os dados do IPCA referem-se às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos. O desempenho foi puxado pela alta no preço dos alimentos, que de acordo com a pesquisa, e conforme já mostrado por diversas reportagens de A Gazeta, tem alcançado patamares elevados nas últimas semanas, levando alguns estabelecimentos a, inclusive, limitar o volume de produtos vendidos por consumidores.
Os gastos com alimentação e bebida cresceram 3,7% em setembro maior patamar da série histórica, iniciada em 2014, e quase 4,5% acima da inflação geral do mês. O vilão da cesta básica foi o óleo de soja, com alta de 25,20%.
Quem foi ao supermercado recentemente certamente sentiu o peso do indicador no bolso. Uma embalagem com 900 ml do produto, que, não muito tempo atrás, custava menos que R$ 5, já beira R$ 7.
Artigos para residência também ficaram mais caros, com avanço de 1,97% no mês. O terceiro maior destaque vai para o segmento de transportes. Os serviços dessa categoria tiveram incremento de 0,94% na inflação.
Não foi, entretanto, a gasolina que mais teve aumento, e sim passagens aéreas, com alta de 17,98% (será sinal da retomada do turismo?), e transporte por aplicativos, cujos preços subiram 14,85% no mês.
Também houve aumento nos gastos com vestuário, cujos preços cresceram, em média, 0,84%, e habitação (0,52%). Também houve aumento da inflação para despesas pessoais (0,31%) e educação (0,13%).
Já os gastos com saúde e cuidados pessoais (-0,76%) e comunicação (0,12%) tiveram redução.
O peso da inflação é maior para as famílias de menor renda. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que se refere às famílias com rendimento de um a cinco salários mínimos, apresentou alta de 1,07% em setembro na Grande Vitória.
O acumulado no ano é de 2,86% também maior que a média nacional, de 2,04%. Em setembro, o INPC no País cresceu 0,87%, sendo o maior resultado para o mês desde 1995, quando o índice foi de 1,17%.
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