Depois de anos trabalhando, eis que finalmente chega a hora de requerer a aposentadoria. Porém, de 2018 até o início deste ano, tem se tornado cada vez mais difícil para os profissionais conseguirem rapidamente o benefício por tempo de serviço. Desde então, o Espírito Santo já soma 14 mil requisições de aposentadorias pendentes e o número só cresce.
Apenas em dezembro do ano passado, no Estado, 5.665 novos pedidos foram realizados no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Esse aumento exponencial do número de trabalhadores na fila para a concessão da aposentadoria e, consequentemente, do tempo de espera pelo benefício, não é à toa.
Desde o dia 13 de novembro do ano passado o sistema do INSS "travou". Como não ele foi atualizado às novas regras de concessão de benefícios estabelecidas pela reforma da Previdência, se tornou inviável a aprovação das aposentadorias. Com isso, os pedidos que estão sendo feitos vão automaticamente para uma longa e demorada lista de espera.
De acordo com a Secretaria da Previdência, estão sendo ajustados seis sistemas de concessão, manutenção e pagamento de benefícios, além de atualização do Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) - uma base de dados que concentra as informações de todos os contribuintes da Previdência. Por isso, os novos pedidos estão em uma longa fila de espera e ainda sem data para serem atendidos.
Há ainda outros problemas que o instituto vem enfrentando, como a falta de mão de obra, que têm contribuído para que o tempo de resposta para os pedidos possa chegar a demorar 10 meses no Espírito Santo.
Na última terça-feira (15), o Ministério da Economia anunciou medidas para reduzir as filas de espera no INSS. Entre elas está a contratação de até 7 mil militares da reserva das Forças Armadas para reforçar a atuação do instituto e reduzir a fila de espera que já soma mais de 1,3 milhão de pedidos sem resposta há mais de 45 dias em todo país, prazo legal para o atendimento.
De acordo com o governo, parte desses militares serão direcionados às agências, enquanto os servidores serão direcionados à análise dos pedidos de benefícios. Questionado, o Ministério da Economia não informou qual será o contingente que irá atuar no Espírito Santo. Porém, informou que a seleção dos profissionais "demanda um decreto presidencial e uma portaria ministerial, que vão especificar todo o processo de contratação".
Os reservistas receberão um adicional de 30% sobre a remuneração, que será pago pelo INSS. O custo da operação será de R$ 14,5 milhões ao mês. A estimativa é que a contratação dure nove meses, mas esse prazo pode ser prorrogado em caso de necessidade.
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