O sinal de 5G deve ser ativado em Vitória na próxima segunda-feira (22). Além da Capital capixaba, a previsão é que o sistema passe a operar também no Rio de Janeiro, Florianópolis e Palmas no mesmo dia. Atualmente, oito cidades oferecem a tecnologia.
A data foi informada por Moisés Queiroz, conselheiro da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e presidente do Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência (Gaispi), durante entrevista ao jornal O Globo.
O conselheiro relatou que será marcada uma reunião extraordinária do Gaispi para esta quinta-feira (18). No encontro, os representantes vão autorizar o início das atividades em rede nas quatro capitais brasileiras.
Nesta terça-feira (16), a faixa do 5G puro foi liberada em Curitiba, Goiânia e Salvador. Além delas, São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre e João Pessoa já contam com a nova geração de telefonia.
Por nota, a Anatel informou que a liberação das atividades está condicionada ao "início das atividades associadas à migração das parabólicas para a banda Ku (campanha de comunicação e distribuição de kits) e na conclusão das atividades associadas à desocupação da faixa de 3.625 MHz a 3.700 MHz e à mitigação de interferências na faixa de 3.700 MHz a 4.200 MHz".
Quinta geração da internet móvel, a tecnologia 5G pura oferece velocidade média de 1 Gigabit (Gbps), dez vezes superior ao sinal 4G, com a possibilidade de chegar a até 20 Gbps. O sinal tem menor latência (atraso) na transmissão dos dados.
Um arquivo de 5 gigabytes pode ser baixado em cerca de 40 segundos nesse sistema. Um aparelho conectado com a tecnologia 4G demora até 54 milissegundos para processar um download de vídeo de 1 Gigabyte.
No caso da 5G, a estimativa é que este intervalo seja entre 1 e 2 milissegundos para processar até 20 Gigabytes, o que significa uma velocidade até 20 vezes maior para o usuário. Um download de um vídeo com duas horas de duração leva, em média, 30 segundos.
Outra mudança significativa é a quantidade de dispositivos que podem estar conectados simultaneamente. No 4G, a cobertura é de 10 mil aparelhos por quilômetro, enquanto no 5G a rede de cobertura pode ser de até 1 milhão de aparelhos por quilômetro.
Para o 5G funcionar, as operadoras precisam instalar antenas compatíveis com a tecnologia e filtros para evitar interferências. O plano prevê ainda a distribuição de kits de recepção do novo sinal das TVs parabólicas à população de baixa renda.
Quando terminam as instalações, as operadoras informam ao Gaispi, grupo criado pela Anatel para tratar da implantação do 5G. Em seguida, o sistema é testado. Se nenhum problema for constatado, o sinal é liberado.
Em relação ao celular, o cliente deve ter um chip e um aparelho que aceitem a conexão. O cliente precisa verificar se a operadora oferece o serviço e estar na área de cobertura. O site da Anatel informa a lista de celulares homologados para o sinal 5G puro.
O consumidor precisa ficar atento porque existem celulares fora da lista que mostram o ícone 5G. Nesses casos, porém, o aparelho não opera o sinal 5G puro, mas o 5G no modo Dynamic Spectrum Sharing (DSS) ou non-standalone (NSA), chamado de 5G “impuro” por operar na mesma frequência do 4G, na faixa de 2,3 gigahertz (GHz). Dependendo da interferência, o sinal 5G “impuro” chega a apresentar velocidades inferiores ao 4G.
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