A decisão de investir no próprio negócio pode vir de duas situações: a realização de um sonho ou a necessidade de ter uma renda. Entretanto, quem quer empreender precisa conhecer o comportamento do consumidor, que mudou, principalmente em tempos de pandemia.
Com o isolamento social, necessário para evitar a proliferação do novo coronavírus, as pessoas passaram a comprar produtos e serviços pela internet, ampliando ainda mais as possibilidades para os empreendedores que apostam no mundo digital para ganhar dinheiro. Essa revolução tem mexido com negócios que já existem, mas está criando também novas ideias com DNA totalmente web.
No entanto, é preciso tomar alguns cuidados para tornar seu negócio mais atrativo e conquistar mais clientes. De acordo com especialistas, além de conhecer o público alvo, é fundamental fazer um planejamento, investir em uma boa apresentação, com fotos e vídeos de qualidade, e manter o máximo de informações atualizadas.
E para quem ainda não está convencido de que o empreendedorismo digital é um caminho sem volta, o gerente de Google Customer Solutions, Edson Sousa Jr., lembra que a internet é a porta de entrada para falar com 130 milhões de brasileiros conectados, conforme aponta a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Ele ainda alerta que o estudo Webshoppers, da eBit e Nielsen no Brasil, apontou que a rede mundial de computadores tem 41 milhões de e-consumidores no país. O mesmo levantamento demonstrou que o e-commerce brasileiro cresceu 47% no primeiro semestre, a maior alta em 20 anos.
Já a pesquisa do Ibope Inteligência, encomendada pelo Facebook, mostrou que quase 30% das pessoas estão comprando mais on-line e 46% substituíram as lojas físicas pelas compras na web, sendo que 27% realizaram as operações pelo celular pelo menos uma vez na semana. A informação é do diretor do Creative Shop do Facebook na América Latina, Theo Rocha.
O executivo da rede social alerta que, para aproveitar as oportunidades, é fundamental usar a criatividade para chamar a atenção de pessoas para que elas se tornem clientes em potencial. O executivo alerta que uma dessas medidas é colocar as coisas mais interessantes e relevantes em primeiro lugar, sem esquecer de explorar os valores e o propósito da sua empresa. Isso vai ajudar a criar conexões mais fortes, afirma.
Ele destaca que a digitalização dos negócios se tornou uma necessidade para os pequenos empresários, alterando o modo de se comunicar. Para ter sucesso, Rocha orienta que é necessário definir o público alvo e investir em fotos e vídeos de qualidade para postar nas redes sociais.
Na opinião de Edson Sousa Jr., do Google, ter um canal de comunicação com os consumidores é primordial para ter sucesso em um negócio digital, além de manter o site e as informações dos produtos e serviços oferecidos sempre atualizados.
Como é possível perceber, existe um leque de possibilidades para os micro, pequenos, médios e grande empresários do Estado. Há espaço para quaisquer negócios na internet: desde a venda de alimentos pelas redes sociais até alternativas de oferecer pacotes de investimento no mercado de capitais.
As possibilidades de negócios no mundo digital são enormes. Hoje em dia, é possível abrir conta sem ir à agência e realizar aplicação financeira sem ter que ir até uma corretora de valores.
O sócio-fundador e diretor comercial da Golden Investimentos, Giuliano Giberni, explica que o cliente pode fazer todas as operações sem sair de casa, inclusive abrir uma conta e, depois disso, consegue fazer reunião por vídeo com o seu corretor.
O futuro investidor pode entrar em contato conosco pelas redes sociais, e-mail, endereço eletrônico, WhatsApp, entre outros. Temos clientes que moram no Canadá, Alemanha e Cingapura, por exemplo. Tudo é feito de forma digital. O escritório físico serve apenas como base do nosso negócio, afirma.
Giberni destaca que esses serviços são destinados a pessoas físicas ou jurídicas que queiram investir a partir de R$ 30 mil. O mundo digital é um caminho sem volta para qualquer tipo de negócio. As pessoas mudaram a forma de comprar, de pedir comida, de se locomover e porque não alterar também a forma de investir, afirma.
Há ainda outras possibilidades no mundo virtual, que são os negócios voltados para a inovação. É o caso das startups. A capixaba Devix é voltada para serviços que vão desde o gerenciamento de contrato à gestão do projeto, do relacionamento com o cliente ao desenvolvimento de software ou de hardware e dos itens técnicos a todo tipo de processo para criação de uma solução.
Os quatro sócios, entre eles Rafael Scopel Paviotti, apostam em projetos baseados em tecnologia e ainda apoiam ideias de outros empreendedores que os procuram para desenvolver soluções.
Subsidiamos a parte tecnológica e viramos sócios desse negócio, damos total apoio às ideias que nos chegam. A empresa foi criada para funcionar como o braço tecnológico das empresas e, para isso, oferecemos orientação, ajuda prática e todo o conhecimento necessário para o desenvolvimento de soluções tecnológicas modernas e inovadoras, comenta Paviotti.
Agora, eles também se preparam para atuar com eventos on-line como projetos de música e literatura.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta