O cenário da economia mundial teve uma reviravolta desde o início do ano. Se em janeiro, o setor produtivo acreditava numa recuperação da economia brasileira, vários fatores recentes começam a preocupar. Primeiro veio o coronavírus, depois os baixos resultados do país em 2019 e agora uma batalha por preços na área do petróleo. Essas situações não apenas frustram os empreendedores como também preocupam.
Representantes do setor produtivo do Espírito Santo acreditam que o Produto Interno Bruto (PIB) de 1,1%, conforme anunciado esta semana, e os problemas na economia global, como o coronavírus e a queda no preço do petróleo, não deverão, a princípio, travar investimentos privados no país.
Para o diretor-presidente do ES em Ação, Fabio Brasileiro, o número de 1,1% não é o que se espera de um país que busca crescer. No entanto, a análise dos números do setor privado é mais animadora.
O crescimento do setor privado foi de 2,7%. O que caiu foi o PIB do setor público e é isso que a gente espera, afirma Brasileiro. Resultados divulgados pelo IBGE na última semana mostram que o consumo do governo está caindo e isso tem impedido o PIB de crescer, no entanto, as empresas aumentaram seus investimentos.
Já o presidente do Sindicato dos Operadores Portuários do Espírito Santo (Sindiopes), Roberto Garófalo, avalia que, num primeiro momento, os investimentos privados não devem ficar travados situação que pode mudar caso o nível de crescimento se mantenha.
No ano passado foi criada uma expectativa e teve um movimento maior. Mas no fim do ano passado e começo deste ano a gente já viu cair um pouco. Se continuar assim, ninguém vai querer investir sem perspectiva de crescimento, aí sim alguns investimentos podem ser segurados, avaliou.
Para o consultor Durval Vieira de Freitas, da DVF Consultoria, o número do PIB já estava sendo esperado sobretudo no Espírito Santo, onde houve queda de produção industrial em 2019.
Nós tivemos uma queda de 15% na produção de petróleo do Estado. Depois também houve queda na Arcelor e paralisação na pelotização da Vale. A produção de celulose também foi reduzida, então isso impacta no Espírito Santo e impacta no Brasil, argumenta.
A expectativa é que tenhamos melhorias esse ano. Alguns setores avançaram como café e granito e agora esperamos por mais investimentos em diversas áreas, conclui.
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