Na lista de parques estaduais que serão concedidos à iniciativa privada nos próximos anos, Itaúnas, em Conceição da Barra, no litoral Norte do Espírito Santo, vai ganhar novos atrativos com o objetivo de fomentar o turismo. Estão previstas atrações como mirante do pôr do sol na região das dunas, tirolesa até a praia, memorial da antiga vila histórica, além de novas pousadas e restaurantes.
A previsão dos atrativos para a vila foi resultado do Programa Estadual de Desenvolvimento Sustentável das Unidades de Conservação do Estado do Espírito Santo (Peduc). Os estudos para planejar os atrativos dos parques estaduais foram feitos pela consultoria Ernst & Young, contratada pelo governo do Estado com parceria da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Seama).
Em Itaúnas, o projeto foi dividido em polos distintos. O primeiro engloba a região do Hotel Barramar, projetado pelo escritório do arquiteto Oscar Niemeyer, e que ainda depende de ampliação da área do parque. Para esse estabelecimento, a ideia é realizar a revitalização.
Outra parte do projeto envolve intervenções na antiga foz do Rio Itaúnas. Em seguida, estão previstos atrativos na zona da sede do parque. Também haverá intervenções no polo da trilha dos pescadores e, por fim, na Praia do Riacho Doce, que vai ganhar um restaurante. Os quiosques que ficam na Praia de Itaúnas também serão revitalizados e a previsão é que os operadores atuais continuem nos locais.
O que está previsto com a concessão:
"O projeto é de grande importância para a valorização das tradições locais, educação ambiental, turismo sustentável e geração de renda, alinhando-se aos objetivos de conservação e uso público do parque”, avalia o secretário de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Espírito Santo, Felipe Rigoni.
Segundo a Seama, o investimento total previsto para o projeto é de mais de R$ 7,2 bilhões ao longo de 35 anos, com R$ 674 milhões de investimento inicial para seis parques no Estado. Ainda não há previsão de início das obras.
O secretário de Estado do Meio Ambiente, Felipe Rigoni, explicou que a concessão do Parque de Itaúnas deve ser feita separadamente das demais e está prevista para ocorrer no segundo semestre de 2025. Segundo ele, o critério para escolha da empresa vencedora será a que oferecer maior outorga no leilão.
A partir do modelo pensado para a concessão do Parque de Itaúnas, a antiga Vila de Itaúnas ganha memorial histórico, com revitalização da tradicional Casa de Tamandaré, além de cafés e lojas para os turistas locais.
O polo ganha mirante próximo às dunas, com garantia de acessibilidade, café e loja. Da torre, haverá a saída da tirolesa para a praia. Por fim, o pavilhão das barracas receberá estrutura com quiosques a uma distância permitida da orla da praia.
O Polo da Trilha dos Pescadores terá um Centro de Educação Ambiental, além de pousada com 15 quartos e restaurante. Por fim, a Praia do Riacho Doce ganha mais um restaurante com estrutura de lazer para garantir conforto aos turistas.
O projeto prevê contrapartidas ambientais para o concessionário que administrar o parque, como programas de conservação da fauna e da vegetação nativa, monitoramento e combate a incêndios e gestão de resíduos e efluentes.
“Em Itaúnas, a realocação das barracas de praia será feita com método construtivo que evite impacto à restinga e permita a recuperação da vegetação. Também previmos a revitalização da Casa do Tamandaré, criando experimentação turística aliada à conscientização e ao resgate histórico e cultural do parque. Por fim, criamos programas de conservação com ênfase na fauna marinha e no controle de espécies exóticas, como a acácia e o bagre africano”, ressalta Rigoni.
Rigoni ressaltou ainda que o programa de concessão previsto pelo Espírito Santo prevê algo ainda inédito no país, que é exigir que as empresas com interesse em operar as unidades de conservação tenham certificação ISO 18065, que garante que a operação será sustentável, não resultando em impacto ao meio ambiente.
Também fazem parte do programa de concessões de parques seis Unidades de Conservação que passam por modelagem: Cachoeira da Fumaça (PECF), Forno Grande (PEFG), Mata das Flores (PEMF), Pedra Azul (Pepaz), Itaúnas (PEI) e Paulo Cesar Vinha (PEPCV).
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta