O acordo de reparação e compensação pelos danos provocados pelo rompimento da barragem da Samarco em Mariana (MG), assinado nesta sexta-feira (25), tem como um dos principais pontos o pagamento de R$ 100 bilhões em dinheiro novo para ser aplicado em políticas de reparação socioambientais, que devem ser pagos pelas empresas envolvidas na tragédia pelos próximos 20 anos ao poder público para serem aplicados em diversas destinações.
A barragem do Fundão era de responsabilidade da Samarco, empresa controlada pelas mineradoras Vale (brasileira) e BHP Billiton (anglo-australiana). Em um processo coordenado pela Advocacia-Geral da União (AGU), o Governo Federal traçou, de forma detalhada, a aplicação dos R$ 100 bilhões que deverão ser pagos ao Poder Público.
Do total, R$ 40,73 bilhões serão destinados diretamente aos atingidos. Outros R$ 16,13 bilhões serão aplicados diretamente na recuperação ambiental. Uma parcela de R$ 17,85 bilhões será reservada para fins socioambientais com reflexões aos indiretamente atingidos e ao meio ambiente. Para melhorias em saneamento e rodovias estão previstos R$ 15,60 bilhões, enquanto o restante será destinado aos municípios afetados (R$ 7,62 bilhões) e a aplicações institucionais, de transparência e outros fins (R$ 2,07 bilhões).
"A repactuação fará uma transformação de verdade na vida das pessoas. Do montante, 40% serão destinados aos atingidos, 25% para a recuperação do meio ambiente e outros 16% para ações de revitalização e recuperação econômica dos territórios em Minas e no Espírito Santo. É um conjunto de ações que serão, neste momento, coordenadas pelo poder público federal, em conjunto com estados e municípios", explica Jorge Messias, advogado-geral da União.
* Com informações do Governo Federal
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