A relação entre Larissa Manoela e os pais, Silvana Taques e Gilberto Elias, tomou conta das redes sociais e da internet nas últimas semanas. A briga da família envolve, principalmente, a discordância sobre a gestão financeira da carreira da atriz. Por fim, a jovem decidiu romper com os genitores e tomar as rédeas de sua própria vida profissional.
Assim como aconteceu com a atriz, terceirizar escolhas e decisões importantes da vida e da carreira podem trazer sérias consequências para o futuro de qualquer pessoa, conforme apontam especialistas ouvidos por A Gazeta.
De acordo com o psicólogo Peter Noronha, o protagonismo na vida se reflete em várias áreas da nossa experiência social, emocional e produtiva. No mercado de trabalho, segundo ele, esse protagonismo não deve ser exercido apenas pela liderança, mas também por toda a equipe.
Noronha afirma que reconhecer os gatilhos é importante para reassumir o controle da própria vida, pautando as decisões entre prioridades, desejos e possibilidades.
Entre os gatilhos apontados pelo psicólogo estão o excesso de confiança nos princípios, opiniões e valores dos outros do que nos próprios; e não valorizar investir em autoconhecimento e, a partir daí, fazer escolhas e decisões alinhadas com suas necessidades.
Na opinião da psicóloga e diretora da Psico Store, Martha Zouain, ser responsável pela própria carreira concede um senso de autonomia e empoderamento que criam no profissional uma interação mais assertiva e madura. As decisões são tomadas com base em suas reais necessidades, valores, interesses e até objetivos de futuro.
Ela afirma ainda que o impacto vem desde o prejuízo financeiro até uma carreira construída em pilares que não convergem com o que é o verdadeiro interesse do dono da carreira. Além disso,a psicóloga observa que muitas vezes o tutor traça tudo que envolve a jornada da carreira, a sua visão do que é melhor e o profissional deixa de buscar oportunidades que estejam realmente alinhadas com suas paixões e interesses.
“A possibilidade de isso gerar frustração é muito grande, uma vez que podem não estar fazendo o que amam, ou realizando sonhos, que são uma recompensa importante pelo bom trabalho executado. Vale destacar que realização pessoal e profissional devem caminhar sempre juntas e isso pressupõe que o profissional assuma o protagonismo de sua carreira para que a estratégia traçada seja legítima”, salienta.
Martha Zouain observa que assumir a responsabilidade pela própria carreira também promove a resiliência e a adaptabilidade. O profissional ganha mais segurança e preparo para enfrentar desafios e adversidades, já que têm o controle sobre suas escolhas e ações para superar os obstáculos.
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