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Larissa Manoela: os riscos de deixar a carreira na mão de outras pessoas

Larissa Manoela: os riscos de deixar a carreira na mão de outras pessoas

Terceirizar escolhas e decisões importantes da vida e da carreira podem trazer sérias consequências para o futuro de qualquer pessoa

Publicado em 2 de setembro de 2023 às 20:36

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Larissa Manoela
Larissa Manoela decidiu ser protagonista da própria carreira. (Reprodução/Instagram/@larissamanoela)

A relação entre Larissa Manoela e os pais, Silvana Taques e Gilberto Elias, tomou conta das redes sociais e da internet nas últimas semanas. A briga da família envolve, principalmente, a discordância sobre a gestão financeira da carreira da atriz. Por fim, a jovem decidiu romper com os genitores e tomar as rédeas de sua própria vida profissional.

Assim como aconteceu com a atriz, terceirizar escolhas e decisões importantes da vida e da carreira podem trazer sérias consequências para o futuro de qualquer pessoa, conforme apontam especialistas ouvidos por A Gazeta.

De acordo com o psicólogo Peter Noronha, o protagonismo na vida se reflete em várias áreas da nossa experiência social, emocional e produtiva.  No mercado de trabalho, segundo ele, esse protagonismo não deve ser exercido apenas pela liderança, mas também por toda a equipe.

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Mas o que nos torna protagonistas ou coadjuvantes em nossa jornada pessoal e profissional? A resposta para essa pergunta está na maneira como nos portamos diante dos desafios da vida, sejam no campo pessoal, familiar ou profissional. São atitudes que invalidam nossos processos de autoconhecimento, transferindo para pessoas e para o ambiente externo (as empresas, os colegas) ditarem o curso das nossas escolhas. No mercado de trabalho, a falta de iniciativa leva a baixa qualidade e saturação

Peter Noronha
Psicólogo
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O psicólogo Peter Noronha aponta que o protagonismo na vida se reflete em várias áreas. (Divulgação)

Noronha afirma que reconhecer os gatilhos é importante para reassumir o controle da própria vida, pautando as decisões entre prioridades, desejos e possibilidades.

Entre os gatilhos apontados pelo psicólogo estão o excesso de confiança nos princípios, opiniões e valores dos outros do que nos próprios; e não valorizar investir em autoconhecimento e, a partir daí, fazer escolhas e decisões alinhadas com suas necessidades.

Na opinião da psicóloga e diretora da Psico Store, Martha Zouain, ser responsável pela própria carreira concede um senso de autonomia e empoderamento que criam no profissional uma interação mais assertiva e madura. As decisões são tomadas com base em suas reais necessidades, valores, interesses e até objetivos de futuro.

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A vulnerabilidade que observamos quando a gestão é feita por qualquer outro, a curto prazo, pode criar uma zona de conforto perigosa, que limite resultados pessoais e financeiros e, em médio e longo prazo, pode ganhar níveis exponenciais quando o outro lado não tem a sensibilidade ou interesse genuíno de promover o melhor para o profissional

Martha Zouain
Psicóloga
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Ela afirma ainda que o impacto vem desde o prejuízo financeiro até uma carreira construída em pilares que não convergem com o que é o verdadeiro interesse do dono da carreira. Além disso,a psicóloga observa que muitas vezes o tutor traça tudo que envolve a jornada da carreira, a sua visão do que é melhor e o profissional deixa de buscar oportunidades que estejam realmente alinhadas com suas paixões e interesses.

Martha Zouain, psicóloga
Martha Zouain observa que assumir a própria carreira propicia mais segurança aos profissionais para lidar com adversidades. (Divulgação)

“A possibilidade de isso gerar frustração é muito grande, uma vez que podem não estar fazendo o que amam, ou realizando sonhos, que são uma recompensa importante pelo bom trabalho executado. Vale destacar que realização pessoal e profissional devem caminhar sempre juntas e isso pressupõe que o profissional assuma o protagonismo de sua carreira para que a estratégia traçada seja legítima”, salienta.

Martha Zouain observa que assumir a responsabilidade pela própria carreira também promove a resiliência e a adaptabilidade. O profissional ganha mais segurança e preparo para enfrentar desafios e adversidades, já que têm o controle sobre suas escolhas e ações para superar os obstáculos.

Sinas de quando deixamos de liderar a nossa vida

  • Confiar mais nos princípios, opiniões e valores dos outros do que nos nossos;

  • Adiar para um futuro distante o cultivo de hábitos e experiências que deseja;

  • Escolher ficar alheio e ignorar sinais que o corpo, as relações e o contexto trazem;

  • Priorizar a zona de acomodação em diversas áreas da vida e não abraçar o desconforto em prol do aprendizado;

  • Desperdiçar tempo valioso com pensamentos, hábitos, relações e situações que não levam a um lugar de possibilidades, mas sim de escassez;

  • Não valorizar investir em autoconhecimento e, a partir daí, fazer escolhas e decisões alinhadas com suas necessidades.

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