Quem acha que ser gestor em uma multinacional exige pensamento focado só em números, estratégias, métodos, resoluções práticas e resultados precisa rever seu conceito. Há um outro item que deve estar entre as habilidades de um grande líder: o humanismo. O CEO da ArcelorMittal Aços Planos América Latina, Jorge Oliveira, de 56 anos, sendo 35 na empresa, afirma que as pessoas são o centro de tudo e fazem tudo se mover e evoluir. Por isso, acredita muito em valores como generosidade e compaixão.
“Busco valorizar os atributos e as realizações humanas. Acredito na inovação, no senso de observação. Precisamos motivar quem está ao redor para que sejam criativos, sem pressões ou medo de errar.”
Oliveira começou a carreira na ArcelorMittal Tubarão como trainee no alto-forno e, depois, foi gerente em várias áreas. Em 2019, aceitou o desafio de liderar como CEO a planta do Alabama (EUA). “Retornei em 2021 e assumi como CEO do segmento de Aços Planos na América Latina, no lugar de Benjamin Baptista Filho, que se aposentou e foi um grande mentor para mim.”
O lado humano faz parte da forma de gerir sem renunciar à produtividade. Para ele, todo líder deve transcender a organização e produzir resultados para a sociedade.
“Precisa criar valor e ter visão de longo prazo. Devemos inspirar equipes, construir experiências positivas, incentivar o desenvolvimento de competências e habilidades, torná-la mais humana, sustentável, produtiva e lucrativa.”
Com mais de 11 mil empregados na ArcelorMittal, diretos e indiretos, para ele, a gestão é baseada na premissa de que as pessoas são responsáveis pelo sucesso da empresa.
Oliveira diz que o desenvolvimento sustentável nas organizações é outro elemento que precisa de atenção especial. Ele enumera também outro aspecto fundamental para uma boa gestão: ter atenção à retenção de talentos, já que as novas gerações buscam trabalho de modo mais independente que as anteriores. E ressalta que é preciso ter mobilidade corporativa por conta das mudanças advindas da pandemia, que alteraram formatos de trabalho.
Segundo o gestor, não se pode, hoje, falar de liderança sem pensar nos impactos e desafios da pandemia. Mais uma vez, o aspecto humano é destacado por Oliveira. O CEO lista alguns aprendizados relevantes da crise sanitária, como o home office, a busca pelo bem-estar físico e mental dos empregados, a flexibilidade dos processos e o gerenciamento de riscos.
Oliveira assinala que, para fazer uma gestão assertiva, é importante estar sempre atento às transformações do mundo, como a inovação e transformação digital. “As novas tecnologias ajudam ao descomplicarem processos e otimizarem resultados”, analisa.
Seus planos para o futuro estão atrelados ao cuidado social. Ele também faz planos para o Espírito Santo.
“Temos potencialidades únicas e bom ambiente institucional que gera segurança aos investidores. Acredito que o Estado continuará atraindo investimentos, sendo inovador, com logística eficiente e educação de referência”, conclui.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta