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Luíza Trajano: 'Empresas precisam apoiar mulheres vítimas de violência'

Luíza Trajano: "Empresas precisam apoiar mulheres vítimas de violência"

A presidente do conselho do Magazine Luiza esteve no ES para falar sobre o papel da iniciativa privada no combate à violência

Publicado em 9 de março de 2020 às 16:30

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Luiza Trajano participou da abertura da 16ª Semana Justiça pela Paz em Casa. (Assessoria de Comunicação do TJES/Divulgação)

A violência doméstica não é um problema apenas de dentro de casa, mas também das empresas. Uma mulher que é agredida trabalha com menos ânimo e tem mais dificuldade de se relacionar com os colegas e de desempenhar sua função. Essa situação, de acordo com a empreendedora Luiza Helena Trajano, que é presidente do conselho administrativo do Magazine Luiza e do Grupo Mulheres do Brasil, mostra a importância da iniciativa privada no combate à violência doméstica contra a mulher.

Luiza veio ao Espírito Santo, nesta segunda-feira (09), para participar do da abertura da 16ª Semana Justiça pela Paz em Casa, no Tribunal de Justiça (TJES), em Vitória. Lá ela contou casos que aconteceram dentro das lojas da empresa e a importância da ajuda às mulheres que sofreram violência.

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As empresas precisam apoiar as mulheres que sofrem com a violência. Não é caro fazer isso. O que custa caro para empresa é o funcionário que é violentado, porque ele produz menos. Conseguir evitar que uma agressão ou morte ocorra é muito melhor. Além disso, quando uma empresa assume a responsabilidade sobre uma funcionária, essa mulher perde o medo de relatar o que está acontecendo e perder o emprego e o companheiro sabe que tem alguém olhando por ela

Luiza Helena Trajano
Presidente do conselho administrativo do Magazine Luiza
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Luiza intensificou as ações para combater a violência há cerca de três anos, quando a gerente da unidade da loja em Campinas, no interior de São Paulo, Denise Neves dos Anjos, 37 anos, foi encontrada morta a facadas em casa. Na época, o marido, principal suspeito, foi encontrado morto dentro do carro. 

Luiza Trajano participou da abertura da 16ª Semana Justiça pela Paz em Casa. (Assessoria de Comunicação do TJES/Divulgação)
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Quando vi quase 15 ligações no meu celular, sabia que algo grave tinha acontecido. Fiquei muito mal quando me contaram sobre a morte dela. Os funcionários sentiram a ausência dela na loja, foram à casa dela e descobriram o que ocorreu. Eu sabia como era a violência contra a mulher no país, mas não achava que era algo tão próximo da gente. Esse foi o ponto de virada onde pensei que deveríamos fazer algo mais

Luiza Helena Trajano
Presidente do conselho administrativo do Magazine Luiza
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Depois dessa tragédia a empresária criou um canal interno de comunicação onde as mulheres que sofrem violência e os colegas de trabalho podem relatar o que vem acontecendo. A partir desse contato, a empresa pode fornecer ajuda psicológica ou auxiliar para que aquela mulher saia de perto do companheiro e tenha sua independência. Até o momento, foram realizados 360 registros de casos de violência às funcionárias.

Ainda de acordo com ela, "marido que bate em mulher pode dar o resultado que for que não vai trabalhar no Magazine Luiza. Eu não entendo como esse tipo de coisa continua acontecendo. Agora que está vindo à tona e as mulheres estão relatando os casos de violência. Antes era tudo muito escondido", contou.

MAGAZINE ESTUDA ABRIR LOJA PRÓPRIA NO ES

No dia 28 de fevereiro, o Magazine Luiza confirmou a sua entrada no mercado capixaba com a abertura de quatro quiosques para venda de celulares e produtos eletrônicos dentro de unidades das Lojas Marisa nos municípios de Vitória, Vila Velha, Serra e Cariacica. 

Os planos de expansão da marca mirando localidades não atendidas, como o mercado capixaba, já haviam sido noticiados por A Gazeta em dezembro de 2019. Apesar de não informar a data de abertura dos quiosques, a empresa já abriu vagas de emprego para o Espírito Santo em seu site para o cargo de vendedor especialista.

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Luiza contou à reportagem que, por enquanto, está chegando ao Espírito Santo junto com a Marisa. "Um dia a gente chega sozinho por aqui", afirmou.

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