A PRIO, maior petroleira privada do Brasil, está se preparando para iniciar os trabalhos de perfuração de poços no campo de Wahoo, que fica na parte capixaba do pré-sal da Bacia de Campos. O projeto prevê investimento de R$ 4,5 bilhões nos próximos cinco anos para desenvolver o campo no litoral Sul do Espírito Santo.
Com previsão de início das perfurações dos poço assim que a licença ambiental para a atividade for emitida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), o calendário da PRIO estima a retirada do primeiro óleo no terceiro trimestre de 2024, ou seja, entre julho e setembro. Esse planejamento foi apresentado por executivos da petroleira na manhã desta quinta-feira (8) na Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), em Vitória.
O campo de Wahoo foi adquirido pela PRIO em 2021 e, após início das operações, tem previsão de produzir 40 mil barris de petróleo por dia. Atualmente, a empresa – que está no mercado há 9 anos e é especializada em campos maduros – produz 100 mil barris por dia nos ativos na Bacia de Campos.
Desenvolvido inteiramente pela companhia, o campo de Wahoo receberá uma metodologia pioneira chamada tieback, que é a interligação de operações de campos próximos por dutos submarinos. O óleo retirado em Wahoo será levado por duto até o FPSO Valente/Frade, localizado a uma distância de 30 quilômetros. A unidade autônoma de produção de petróleo opera atualmente 55 mil barris ao dia e vai escoar também a produção de Wahoo.
Após o início das operações no campo de Wahoo, a previsão é que o Estado e os municípios recebam pagamento de R$ 2,5 bilhões em royalties nos primeiros cinco anos.
"O desenvolvimento do campo Wahoo proporciona uma série de ganhos para o setor de óleo e gás, principalmente para o Espírito Santo, por meio do aumento da oferta de emprego, do estímulo ao desenvolvimento de fornecedores e pela arrecadação de royalties", destaca o diretor e vice-presidente do Conselho de Administração da PRIO, Emiliano Gomes.
Ainda durante a preparação para implementação das atividades no campo, a petroleira já movimentou com o projeto R$ 860 milhões em investimento na cadeia de suprimentos de fornecedores locais. Foram contratadas para o projeto empresas como Prysmina, Deepsea, Shawcor e Technip. Além disso, os terminais portuários do CPVV e Bavit vão atender as demandas e serão apoio das atividade de suporte offshore.
A empresa ainda não tem a estimativa de quantos empregos serão gerados com a instalação do campo de Wahoo, embora afirme que já foram gerados centenas de empregos diretos nos fornecedores.
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