Mais de mil comerciantes na região Sul do Espírito Santo foram atingidos pelas chuvas e alagamentos das últimas semanas e tiveram prejuízos. A estimativa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado (Fecomércio-ES) e abrange os municípios de Cachoeiro de Itapemirim, Iconha, Alfredo Chaves, Vargem Alta e Rio Novo do Sul.
Iconha, por exemplo, tem que ser reconstruída - os pequenos e micro empresários perderam tudo e não tem estrutura para se reconstruir. E o problema é que as chuvas persistem, então a situação pode piorar, comentou o presidente da Fecomércio, José Lino Sepulcri.
Sepulcri disse que pelo tamanho do estrago, ainda é impossível quantificar os prejuízos. Ele destacou, porém, que tem feito reuniões com representantes do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e da Associação Capixaba de Supermercados (Acaps) para alinhar os procedimentos de recuperação dos lojistas junto aos governos federal e estadual.
Sabemos que existem obrigações fiscais que estão vencidas, ou por vencer. Então precisamos ter compreensão do governo federal e do estadual para postergar o pagamento. Precisamos também saber como vai ser feito para dar baixa no estoque perdido. Vai ter que pagar imposto?, questionou.
Até por conta disso, os empresários reunidos com o Conselho de Representantes da Fecomércio vão encaminhar sugestões e apelos ao governo do Estado e dos municípios atingidos, como postergação de impostos de qualquer natureza, por seis meses, até que as empresas atingidas se recomponham de suas atividades.
Outro ponto de atenção é em relação aos empregados dos locais atingidos. Tem gente que perdeu tudo. Não tem como continuar trabalhando. E o que vai ser feito com os empregados? Vão ser demitidos? Tem que se pensar no lado social e numa assistência para esses estabelecimentos, defendeu o presidente da Fecomércio.
A prioridade agora é a limpeza e reconstrução das lojas que foram atingidas. Em Cachoeiro de Itapemirim, segundo projeção da Associação Comercial, Industrial e de Serviços da cidade (Acisci), a reestruturação do comércio local afetado pela cheia do Rio Itapemirim pode demorar até seis meses.
"Acreditamos que cerca de 10% dos comerciantes atingidos podem nem conseguir voltar - tamanha a perda que tiveram. Os demais, até estabilizar, vai levar uns seis meses", disse Juarez Marqueti, diretor de Comunicação da Acisci.
Segundo levantamento da Associação, 467 empresas foram atingidas no município e as perdas chegam a R$ 95 milhões. Nesse valor consideramos tudo. Os danos às edificações, os estoques que foram perdidos tem gente que perdeu absolutamente tudo. Restaurantes tiveram os freezeres levados É um cenário de guerra, comentou Marqueti.
Agora, a Acisci trabalha junto ao governo do Estado para conseguir linhas de crédito com juros diferenciados para os lojistas de Cachoeiro.
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