Em tempo de Black Friday, muitos são os produtos que parecem estar com preço imperdível. Sabe aquela peça com desconto incrível, que ao clicar na oferta o preço mudou? Essa tem sido a principal reclamação nesta sexta-feira (29) de promoções.
De acordo com a Fundação Procon São Paulo, até o começo da tarde desta sexta (29) foram registradas 218 reclamações referentes à Black Friday na internet. A maquiagem no desconto do produto foi o principal motivo de insatisfação, com 59 registros, 27% do total. A lista de problemas ainda contempla mudança no preço do produto na hora de finalizar a compra (23%), produto indisponível (19%) e pedido cancelado após finalização da compra (10,55%), entre outros.
A empresa com maior número de reclamações, 28 (12,85%) até o momento, foi B2W Companhia Digital, que administra americanas.com, Submarino, Shoptime, Soubarato e Lojas Americanas. Na sequência aparecem Magazine Luiza (6,42%) e Via Varejo (5,5%), que responde por Casas Bahia, Ponto Frio e extra.com.
Já no Espírito Santo, o Procon recebeu até agora 20 queixas relacionadas a Black Friday. Preços mais altos que nos dias anteriores a campanha, descumprimento à oferta e falta de atendimento preferencial foram as reclamações. Quem se sentir lesado durante as compras, pode procurar o órgão. Munido de fotos que comprovem a oferta, o consumidor poderá registrar a reclamação por meio do aplicativo Procon-ES (disponível para Android) ou encaminhar-se à sede do Procon mais próxima.
Durante o mês de novembro, A Gazeta monitorou cinco produtos: Smart TV LED 43" Samsung, Micro-ondas Electrolux 20 Litros, Fogão de Piso Electrolux 5 Bocas com acendimento automático, Smartphone Samsung Galaxy A50 com 64GB e Geladeira Brastemp Frost Free Duplex 375 Litros Inox. Quatro dos cinco produtos acompanhados, baixaram de preço. O único produto que não ofereceu desconto foi o celular, que manteve o valor de R$ 1.298,65 tanto nas consultas feitas no começo do mês, como nas pesquisas realizadas nesta sexta (29).
O Produto que apresentou maior desconto foi a televisão, com redução de R$ 125. A TV Smart foi de R$ 1.549,00, no começo do mês, para R$ 1.424,05 na Black Friday. Já o fogão, foi de R$ 1.493,91 para R$ 1.399,00, e a geladeira foi de R$ 1.999,00 para R$ 1.899,05. O micro-ondas foi o produto que apresentou menor desconto, apenas R$ 13, de R$ 312,00 para R$ 299,00.
Não importa se a loja é famosa ou não, a orientação número um para o consumidor é ficar sempre atento. Para o advogado do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Igor Britto, os consumidores estão mais espertos e uma insistência em tentar maquiar os descontos pode fazer com que a Black Friday perca completamente o sentido nos próximos anos.
"Se por um lado as pessoas estão mais ligada, por conta de uma experiência muito ruim, de 'black fraude', nos anos anteriores, por outro é muito ruim para o mercado continuar com a enganação. Se essa situação continua, gera um descrédito e as pessoas vão parar de poupar dinheiro para gastar nesta data. O que é uma frustração para muitos consumidores hoje, pode se transformar numa frustração grande para os comerciantes no futuro, que não vão mais conseguir convencer as pessoas a comprarem. O consumidor não tem outra opção a não ser ficar sempre muito atento", avalia.
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