Na Operação Piànjú, deflagrada nesta manhã de terça-feira (15) pela Polícia Civil do Espírito Santo (PC) que investiga crimes de lavagem de dinheiro de organizações criminosas por empresários capixabas, são cumpridos mandados de busca e apreensão na Sandes Náutica Marine, em Pontal de Camburi, em Vitória, onde estão as supostas embarcações envolvidas em diversos crimes contra o mercado financeiro. As informações são da TV Gazeta.
Forças da PC, em conjunto com o Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Espírito Santo (MPES), também estão na loja de carro Akira Suzuki, em Itaparica, Vila Velha, também cumprindo mandados de busca e apreensão. A ação foi flagrada pela reportagem de A Gazeta, que se encontra no local neste momento.
Apesar do movimento nas duas empresas, não há informações se os estabelecimentos são partes dos esquemas criminosos investigados pelas autoridades do Estado. Segundo informações da PC, dois empresários do Espírito Santo são investigados por participação no esquema.
No caso da marina, um empresário que foi buscado em casa pela polícia foi levado até o local para abrir o prédio e dar acesso aos homens que participam da ação. Ainda não está claro qual quem é essa pessoa e se ela é suspeita ou não de irregularidades.
Segundo informações enviadas pelo Ministério Público, são cumpridas no Espírito Santo, nas cidades de Vitória, Vila Velha, Serra e Cariacica; além de São Paulo capital, Santos, Jaguariúna, em São Paulo; Fortaleza, no Ceará; e Alagoas, em Maceió, 18 mandados de prisão preventiva; 5 mandados de prisão temporária; 30 mandados de busca e apreensão; 23 sequestros de embarcações; 43 ordens judiciais de bloqueio de contas bancárias e 2 ordens judiciais de suspensão de atividades econômicas.
Entre as ordens de busca e apreensão encontram-se 12 imóveis, 3 veículos de luxo (Porsche Panamera, Maserati Granturismo S e Mercedes Benz GLA200FF), 12 motos aquáticas e 11 embarcações.
Durante dois anos de investigação, a Divisão Especializada de Furtos e Roubos de Veículos apontou que a célula da organização criminosa investigada, que atuava no Estado do Espírito Santo, composta por dois grandes empresários capixabas, além de diversos outros membros, agia como prestadora de serviços de lavagem de capitais para outras organizações criminosas.
As investigações apontam que as pessoas que participam da organização criminosa movimentaram mais de R$ 800 milhões. Nem o MPES nem a Polícia Civil informaram de fato quais eram atividades econômicas exercidas pelas empresas durante as fraudes contra o sistema financeiro.
Um funcionário da loja de carros que não quis se identificar disse para a reportagem que a investigação não é contra eles e que foram envolvidos indiretamente, acrescentando não poder dar mais informações sobre a abordagem policial.
A reportagem da TV Gazeta tentou falar com os dois empresários na delegacia, mas eles não quiseram se pronunciar. Os advogados de defesa informaram que vão se inteirar do caso.
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