O ministro dos Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho, admitiu que pode rever a regra que limita o Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, a receber apenas voos de terminais situados num raio de 400 quilômetros. A capital capixaba extrapola esse limite em 18 km.
À Folha de S. Paulo, o ministro disse que espera costurar uma solução definitiva em 15 dias e antecipou que uma das propostas em discussão seria limitar a quantidade anual de passageiros no aeroporto, em vez de controlar a origem e o destino dos voos.
"Acho que poderia ser um bom caminho a gente limitar o número de voos e liberar a questão do raio para poder ampliar a aviação regional”, disse.
A questão, segundo Costa Filho, vem sendo debatida com governadores e integrantes do setor aéreo. O governo do Espírito Santo, bem como a bancada capixaba em Brasília, já haviam pressionado por uma solução, e um grupo de trabalho tinha sido montado, com a expectativa de encontrar solução em dez dias – prazo que se encerrou na semana passada.
No mês de outubro, as companhias aéreas começaram a reduzir os voos que ligam esse aeroporto no Rio ao Aeroporto de Vitória. Ainda restam sete voos diários que fazem o trecho, mas, se a mudança não for revista, em 2024, todos serão encerrados e a única conexão áerea entre Rio e Espírito Santo será por meio do Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, que é alvo de reclamações por parte dos viajantes, em função da maior dificuldade de acesso ao terminal.
“A gente está rediscutindo essa proposta que foi feita lá atrás. A gente quer em 15 dias estar remodelando essa portaria, conversando com todos os atores envolvidos, para apresentar uma solução definitiva. Não queremos tratar iguais de forma desigual. A gente quer resolver a situação de Brasília, do Espírito Santo, de Guarulhos”, declarou o ministro.
De acordo com Costa Filho, a busca é por uma forma de fortalecer o Santos Dumont, mas ao mesmo tempo ampliar o número de voos no Galeão, que tem amargado perdas nos últimos anos.
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