Moradores de Sooretama, no Norte do Espírito Santo, vivem há quatro anos a expectativa de morar nas casas populares do Residencial Alegre, no bairro Bionativo. São 431 imóveis, construídos pelo antigo programa Minha Casa Minha Vida, atual Casa Verde e Amarela, que deveriam estar prontos desde 2017, mas continuam inacabadas.
As obras pararam no ano passado e atualmente, o cenário é de abandono. Árvores grandes cresceram nas calçadas e entre casas. No interior das residências, itens já instalados começaram a ser furtados, como pias, janelas e vasos sanitários. Há infiltrações e até janelas com vidros quebrados.
Quem tem o direito de morar no local, reclama da situação. “Dá revolta, por que é uma coisa que não só eu, mas várias famílias poderiam estar morando aqui e está abandonado. O que era para ser entregue em 3,4, anos está sem resposta, sem resultado”, disse a dona de casa Angélica Blaser, em entrevista à TV Gazeta.
Na estação de tratamento de água, há mais abandono. A reportagem flagrou caixa sem tampa e acumulando água da chuva, que podem traz riscos como a dengue para quem mora perto do residencial.
A obra, orçada em R$ 21.937.410,53, começou em 2015 e a previsão era de ser concluída em 2017. Porém a construção atrasou e não só isso: desde o ano passado está com toda a obra parada, com o canteiro abandonado. Ainda falta a estação para tratamento de esgoto, ligações elétricas e alguns acabamentos.
A conclusão depende agora da empresa contratada pela Caixa Econômica Federal. Por meio de nota, enviada a reportagem da TV Gazeta Norte, a caixa informou que o Residencial Alegre, contratado no âmbito do programa Minha Casa Minha Vida teve suas obras paralisadas em 2020 pela AB Empreendimentos.
O banco esclareceu que abriu processo de chamamento público para construtoras interessadas em assumir as obras, tendo havido a habilitação de duas empresas, que apresentaram propostas e estão em análise para seleção.
Na sequência aos trâmites de análise técnica e aprovações necessárias, o processo será encaminhado ao Ministério do Desenvolvimento Regional, a quem compete a aprovação orçamentária.
A expectativa é de que em até 120 dias o pleito seja submetido ao ministério e, a partir da aprovação, a obra será concluída em 8 meses. A empresa AB Empreendimentos, e seus sócios, estão impedidos de operar em novos projetos com a Caixa.
Com informações da TV Gazeta.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta