Seis dias após o desabamento de duas caixas-d'água com cerca de 15 metros de altura no Residencial São Roque, em Cariacica, os trabalhos de remoção das estruturas foram iniciados na manhã desta terça-feira (5). Segundo a Cobra Engenharia, que construiu o condomínio, o trabalhado deve durar todo o dia.
Por questões de segurança, cerca de 150 pessoas, moradoras dos blocos 5, 7 e 8 do São Roque 1 e dos blocos 6,7 e 8 do São Roque II, foram orientadas pela construtora a deixarem suas casas durante a realização do serviço.
Em um comunicado repassado aos moradores pelo síndico do São Roque II, Vanderli do Nascimento, os moradores foram orientados a evacuar os apartamentos a partir das 8 horas.
"É um procedimento padrão. Apenas uma medida de precaução. Nada é 100% seguro, e será preciso mexer com equipamentos como guindaste, entre outros", observou o síndico.
Em nota, a Cobra Engenharia informou que vai oferecer almoço para os moradores dos blocos em questão no CRASS de Padre Gabriel, em Cariacica. "Os moradores serão liberados para retornar às suas residências até o fim do dia. Se for necessário a empresa oferecerá o jantar. Toda área será interditada durante todo o dia para a realização da ação."
Após o desastre ocorrido no último dia 30, o bloco 6 do condomínio São Roque 2 e o bloco 5 do São Roque 1 foram isolados pela Defesa Civil de Cariacica e os moradores precisaram deixar suas casas.
No total, são 40 apartamentos nos dois blocos interditados, embora nem todos os imóveis estivessem ocupados visto que algumas famílias ainda iriam se mudar para o local nos próximos dias.
Enquanto todos os reparos necessários não são realizados, a construtora está pagando alimentação e hospedagem para as famílias afetadas pela interdição.
O empreendimento do Minha Casa Minha Vida é voltado para famílias de baixa renda e foi inaugurado no dia 14 de dezembro. Na manhã da última quarta-feira (30), as duas torres desabaram. Um delas caiu em cima do quinto andar de um dos prédios. A outra estrutura, do outro lado do residencial, desabou 20 minutos depois batendo na parede de um dos blocos e indo ao chão.
Jucelino Roncon, dono de uma empresa terceirizada que trabalhava em um dos reservatórios no momento da queda, ficou gravemente ferido e foi levado para o hospital, mas não resistiu e morreu na quinta-feira (31). A morte está sendo investigada pela Polícia Civil.
A Caixa Econômica Federal, a Defesa Civil e a própria construtora fizeram perícias no local, mas as possíveis causas do desabamento ainda não foram apuradas.
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