Com o avanço no número de casos confirmados de coronavírus (Covid-19) no Espírito Santo, quem vai ao supermercado tem visto filas cada vez mais longas. A corrida às compras vem fazendo as lojas ficarem mais cheias. Além disso, o setor já planeja até estender o horário para reduzir o número de pessoas dentro das unidades e, com isso, diminuir as chances de contágio da doença.
José Henrique Neffa, dono da rede de supermercados São José, explica que a movimentação aumentou na última semana, mas ainda não é possível dizer o quanto isso representa. "Tem muita gente comprando por medo do vírus. O volume de vendas cresceu, principalmente nas unidades que estão localizadas nos bairros com pessoas que têm maior poder aquisitivo", comenta.
Já segundo a assessoria dos supermercados Carone e Sempre Tem, o movimento nesta segunda-feira (16) foi acima do normal. Os produtos com maior saída são o papel higiênico e o álcool em gel, que não dura muito tempo nas prateleiras.
O superintendente da Associação Capixaba de Supermercados (Acaps), Hélio Schneider, explica que mesmo com o aumento das compras, o consumidor deve ficar tranquilo porque não vai haver desabastecimento no Estado.
"Tivemos uma reunião com representantes da distribuição para conversar sobre o assunto. Nossos supermercados estão abastecidos e os fornecedores produzindo. O único problema que temos é pontual. Falta álcool em gel nas vendas, mas nas próximas semanas deve ser reabastecido", aponta.
Ele ainda diz que os supermercadistas estão redobrando os cuidados com a higienização do estabelecimento e descartou o fechamento dos supermercados aos domingos, como o sindicato de tralhadores da categoria pedia.
José Lino Sepulcri, presidente da Federação do Comércio no Espírito Santo (Fecomércio), afirma que não há necessidade de fechamento dos estabelecimentos comerciais.
"Estamos vendo essa procura muito grande da população que quer abastecer a dispensa por causa do medo do coronavírus. Se for necessário postergar o horário, além do fechamento, principalmente os supermercados, isso será feito. É claro que os comerciantes que ultrapassarem o tempo estipulado em contrato serão remunerados de acordo com a legislação trabalhista", informa.
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