A reestruturação nacional do Banco do Brasil, anunciada ao mercado na segunda-feira (11), pode abranger 17 agências no Espírito Santo, segundo o Sindicato dos Bancários do Estado (Sindibancários-ES). Uma reunião entre a diretoria do sindicato e representantes do banco foi realizada na manhã desta quinta-feira (14) para esclarecer as mudanças em território capixaba.
Segundo a conselheira do Sindibancários-ES Maria Goretti Barone, as informações preliminares repassadas pela instituição bancária dão conta de que, entre as agências que passariam por mudanças, 8 ou 9 seriam fechadas, outras 4 seriam convertidas em postos de atendimento, e mais 4 se tornariam Lojas BB, sem guichês de caixa.
Ela destacou, no entanto, que os planos do banco ainda não estão 100% definidos. “Conversamos com a equipe de gestão de pessoas do BB, que inicialmente informou esses números, mas não confirmou o número exato nem os locais dessas agências. A equipe ficou de informar posteriormente. Também não esclareceram quantos funcionários podem ser atingidos”, explicou.
Segundo informações divulgadas no início desta semana, o BB aprovou um plano de reorganização para ganhos de eficiência operacional que prevê, entre outras medidas, o fechamento de 361 unidades da instituição, sendo 112 agências, a conversão de 243 agências em postos de atendimento e oito postos de atendimento em agências, transformação de unidades de negócios em Lojas BB, sem guichês de caixa, relocalização compartilhada de 85 unidades de negócios e criação de 28 unidades de negócios.
Além disso, o banco anunciou a criação de um Programa de Adequação de Quadros (PAQ) e de um Programa de Desligamento Extraordinário (PDE), aos quais estima-se que cerca de 5 mil funcionários façam a adesão.
A implementação das medidas deve ocorrer ainda durante o primeiro semestre deste ano com economia estimada em R$ 353 milhões em 2021 e R$ 2,7 bilhões até 2025. O plano, no entanto, desagradou o presidente Jair Bolsonaro, que avaliou o momento do anúncio como um erro político e cogita até mesmo trocar o presidente do banco por causa da repercussão negativa.
A conselheira do sindicato no Estado demonstrou preocupação e afirmou que as informações repassadas até o momento para a categoria no Estado são muito vagas, e que nem sequer há certeza do prazo para que as mudanças comecem a ser implementadas.
"Ficamos um tanto boquiabertos com o anúncio. E nada está muito claro no momento. As informações que temos recebido são incompletas e isso pode tornar mais difícil a assistência aos trabalhadores. Chega a ser algo desrespeitoso", reclama.
A Gazeta questionou o Banco do Brasil sobre o número de agências que serão afetadas pela reestruturação no Estado, mas a instituição informou apenas que, no momento, só está divulgando os dados nacionais. “Esclarecemos que todos os clientes serão comunicados com antecedência”, diz a nota.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta