A construção da nova fábrica de papel tissue da Suzano, que teve a pedra fundamental lançada nesta quinta-feira (18) em solenidade em Aracruz, no Norte do Estado, vai gerar até 500 empregos entre obras e operação.
A previsão é que sejam abertos 300 postos de trabalho durante o período de obras. Após o início da produção, previsto para o primeiro trimestre de 2026, cerca de 200 colaboradores e colaboradoras, diretos e indiretos, trabalharão na unidade.
O tissue é um material de alta absorção utilizado na fabricação de papéis sanitários e outros. A empresa está investindo R$ 650 milhões no empreendimento, que, além da produção de papel, também fará a sua conversão em papéis higiênicos, inserindo Aracruz no rol de municípios brasileiros com produção desses itens e agregando valor à cadeia produtiva.
No início de produção na unidade, a Suzano informou que fará parceria com instituições especializadas para qualificar os funcionários que vão atuar na operação da nova fábrica, priorizando a contratação de pessoas da região do empreendimento.
A fábrica de papel faz parte de um pacote de investimentos anunciado pela empresa no ano passado para o Espírito Santo, que soma R$ 1,17 bilhão. Está incluída aí a nova caldeira de biomassa, projeto já em execução que aumentará a eficiência energética da fábrica, contribuindo para a estabilidade operacional. A nova caldeira também vai resultar em ganho ambiental em relação ao equipamento existente, a partir da redução da emissão de material particulado e reaproveitamento na queima de resíduos da madeira.
O lançamento da pedra fundamental da fábrica de papel tissue reuniu, em Aracruz, o atual e o futuro CEO da Suzano, respectivamente, Walter Schalka e Beto Abreu. O evento também teve a presença do governador, Renato Casagrande (PSB), do vice, Ricardo Ferraço, e do presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Santos.
Schalka destacou que a Suzano começou a produzir papel tissue há seis anos e hoje é líder de mercado no segmento. “Aracruz é uma planta competitiva e tem condições de se tornar ainda mais. Estamos a apenas dois quilômetros do Portocel”, destaca o atual CEO da empresa, numa referência ao porto por onde a produção é escoada.
O diretor de Bens de Consumo e de Relações Corporativas da Suzano, Luís Bueno, observou que a implantação da nova fábrica, em Aracruz, marca a verticalização da indústria de celulose no Estado, que passa a ter aqui toda a sua cadeia produtiva: da muda de eucalipto ao produto final. O Espírito Santo já converte tissue em papel higiênico na unidade de Cachoeiro de Itapemirim e, com a nova fábrica, passa a produzir também o papel tissue.
A fábrica que será construída em Aracruz é a sétima da Unidade de Bens de Consumo da Suzano e a segunda no Espírito Santo. A empresa já tem unidades de produção e conversão de tissue em produtos acabados nos municípios de Mogi das Cruzes (SP), Mucuri (BA), Imperatriz (MA) e Belém (PA), além de unidades exclusivas de conversão em Cachoeiro de Itapemirim (ES) e Maracanaú (CE). Em Aracruz, serão produzidas 60 mil toneladas/ano de papel tissue, elevando para 340 mil toneladas anuais a capacidade instalada da unidade de Bens de Consumo da Suzano.
A produção será convertida em 30 mil toneladas/ano de papéis higiênicos das marcas Mimmo, Max Pure e Neve, as mesmas que já são produzidas também em Cachoeiro de Itapemirim, e vai abastecer os mercados da região Sudeste, parte do Centro-Oeste e Sul. A fábrica do Sul do Estado, cuja capacidade de produção também é de 30 mil toneladas/ano e é abastecida com tissue vindo de outras unidades da Suzano, passará a utilizar o papel produzido em Aracruz.
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