Um dos critérios que o governo federal quer adotar no pente-fino nos cadastros para definir quem terá direito a nova rodada do auxílio emergencial é o da renda familiar per capita. A intenção é estabelecer um limite de renda de R$ 600 por pessoa da família. A informação é do jornal O Globo.
Na prática, o limite de renda ficaria mais amplo e alcançaria trabalhadores que não se enquadram no Bolsa Família, superando o valor definido na lei que criou o benefício no ano passado, que estipulava o limite da renda em meio salário mínimo, que seria de R$ 550 neste ano.
Apesar do limite de renda maior, a nova rodada terá público mais restrito. Como mostrou O Globo, a expectativa é que o auxílio seja pago para 40 milhões de brasileiros em 2021, sendo 20 milhões de pessoas hoje cobertas pelo Bolsa Família e outros 20 milhões de informais. No ano passado, 68 milhões de pessoas foram beneficiadas pelos repasses.
Segundo o jornal, o critério de renda a ser considerado não será mensal, mas trimestral e semestral, diante da variação de rendimentos dessas famílias. No caso dos informais, por exemplo, muitas vezes, elas têm renda em um mês e não tem no outro.
Para limitar o número de beneficiários, o governo fará um pente-fino nos cadastros cruzando informações de vários bancos de dados oficiais. A meta é que a nova rodada seja focada nas pessoas mais vulneráveis.
O valor que será pago na nova rodada do auxílio ainda não está definido, assim como a quantidade de meses. Até o momento, a negociação entre governo federal e Congresso apontam para o pagamento de três a quatro parcelas de R$ 250. Mas existe a possibilidade de que ele seja fechado em R$ 300.
O governo federal vai selecionar os beneficiários da nova rodada por meio da planilha que contém os dados de quem já havia recebido outras parcelas no ano passado.
O Ministério da Cidadania ficou responsável por esse filtro de beneficiários, já que um número bem menor de pessoas terão acesso ao novo benefício. A escolha ocorrerá com base em critérios de renda, priorizando os mais pobres.
O pagamento deve continuar da mesma forma: por meio do aplicativo Caixa Tem. O app está disponível gratuitamente para os sistemas operacionais Android e iOS.
O governo federal ainda não falou sobre a possibilidade de novas inscrições no auxílio emergencial. A Gazeta questionou o Ministério da Cidadania e aguarda retorno. Quando houver resposta a reportagem será atualizada.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta