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Novo projeto do IR muda do preço do gás ao vale-alimentação; entenda

Novo projeto do IR muda do preço do gás ao vale-alimentação; entenda

Relator propôs fim de vários incentivos fiscais, como o do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), que permite que empresas que fornecem alimentação ou vale aos funcionários tenham dedução desses gastos no IR

Publicado em 14 de julho de 2021 às 17:22

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A cúpula menor, voltada para baixo, abriga o Plenário do Senado Federal. A cúpula maior, voltada para cima, abriga o Plenário da Câmara dos Deputados.
Prédio da Câmara dos Deputados, que analisa o projeto de mudanças no IR. (Marcello Casal Jr/ Agência Brasil)

Se aprovada como está, a nova versão da proposta de reforma tributária que trata do Imposto de Renda (IR) de pessoas físicas e jurídicas deve impactar o custo de produtos como o gás natural, itens de farmácia e higiene pessoal, tarifa de transporte aéreo e até do vale-alimentação que é pago por empresas.

Para bancar a redução de 12,5 pontos percentuais na alíquota base do IRPJ, o parecer do relator do projeto, deputado Celso Sabino (PSDB-PA), incluiu no seu relatório, em acordo com o governo federal, a proposta de cortar subsídios que atingem 20 mil empresas.

O relator propôs retirar benefícios fiscais dos setores químico, farmacêutico, perfumaria, higiene, indústria de embarcações e aeronaves. O texto também prevê o fim dos incentivos do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), que permite que empresas que fornecem alimentação ou vale aos funcionários tenham dedução desses gastos no IR.

Caso a proposta seja aprovada da forma como está, esses benefícios deixarão de existir em 31 de dezembro de 2021. 

Também para bancar o corte no IRPJ, o projeto traz a previsão de cobrança de Imposto de Renda sobre auxílios-moradia e transporte de funcionários públicos.

VEJA OS IMPACTOS DAS MUDANÇAS

VALE-ALIMENTAÇÃO 

A proposta do relator acaba com os incentivos do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), que permite que empresas que fornecem refeições prontas, cestas de alimentos ou vale-alimentação aos funcionários tenham dedução desses gastos no IR.

Sem esses incentivos, o custo para as empresas ajudarem na alimentação dos trabalhadores ficará maior. Há ainda o risco de que, sem a dedução, algumas companhias optem por cancelar o benefício aos empregados.

GÁS

A proposta do relator acaba com redução de impostos incidentes sobre a receita bruta decorrente da venda de gás natural canalizado e carvão mineral destinados à geração de energia elétrica. Com isso, o gás encanado pode ficar mais caro.

MEDICAMENTOS E ITENS DE HIGIENE

O texto ainda acaba com incentivos aos setores químico, farmacêutico, de perfumaria e higiene. Segundo o sindicato do setor, se aprovado como está, o projeto fará com que os preços de medicamentos e produtos de perfumaria e higiene pessoal fiquem mais caros.

BILHETE AÉREO

O relator também propôs o fim da isenção e redução de impostos para partes, peças e componentes destinados ao reparo, revisão e manutenção de aeronaves e embarcações. Na prática, a medida pode elevar ainda mais o custo do transporte aéreo.

AUXÍLIO-TRANSPORTE OU MORADIA DE EMPREGADOS PÚBLICOS

Funcionários públicos terão que pagar Imposto de Renda referente aos valores recebidos a título de custeio de despesas com transporte ou moradia, que atualmente são isentos.

* Com informações do jornal O Globo

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