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O que a reforma administrativa muda para atuais e futuros servidores

O que a reforma administrativa muda para atuais e futuros servidores

Governo federal quer acabar com um conjunto de benefícios que hoje existe dentro do funcionalismo e reduzir a estabilidade. Também pretende criar outros tipos de vínculos

Publicado em 6 de setembro de 2020 às 11:10

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Data: 09/01/2020 - ES - Vitória - Ministério da Economia, Centro de Vitória - Editoria: Economia - Fernando Madeira - GZ
Proposta foi apresentada pela equipe do Ministério da Economia. (Fernando Madeira)

A reforma administrativa propõe uma série de mudanças no funcionalismo público e tenta acabar com alguns benefícios para esses trabalhadores. Algumas dessas vantagens, chamadas de privilégios, contribuem, segundo especialistas, para aumentar o gasto público e também para ampliar a desigualdade que existe entre os setores público e privado.

O que a reforma administrativa muda para atuais e futuros servidores

Entre as principais mudanças estão o fim do Regime Jurídico Único e também uma alteração na estabilidade, que passa a valer  apenas para algumas categorias. O governo também cria, com a proposta, um vínculo de experiência. Estabelece ainda o fim da aposentadoria compulsória como modalidade de punição e extermina o direito a férias de mais de 30 dias por ano.

A proposta foi encaminhada pelo governo federal ao Congresso Nacional nesta quinta-feira (3). Serão impactados pela mudança os novos servidores dos Poderes Executivo federal, estaduais e municipais. Funcionários do Legislativo e do Judiciário que exercem funções de analista e técnico também serão contemplados. Estão de fora das novas regras as Forças Armadas e os membros dos outros Poderes, como magistrados, promotores e procuradores do Ministério Público e parlamentares. Essas categorias têm estatutos próprios.

A reforma administrativa precisa ser analisada pela Câmara e pelo Senado para virar lei. A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) precisa ser aprovada pela maioria de cada Casa em dois turnos de votação para seguir depois para a promulgação. Como é uma Emenda à Constituição, o projeto não volta para as mãos do presidente da República para ser sancionado ou vetado.

O especialista em Direito do Estado Anderson Pedra lembra que, após a aprovação da PEC, serão necessários outros projetos de lei complementar para regulamentar algumas regras previstas na proposta.

“Ainda falta definir quais carreiras serão consideradas como típicas de Estado e quais serão enquadradas dentro do prazo indeterminado. Este último, conforme a proposta, prevê a demissão de um servidor em caso de queda de receita, o que hoje não é permitido. Os critérios ainda deverão ser estabelecidos por meio de projetos de lei complementar”, comenta.

ENTENDA AS PRINCIPAIS MUDANÇAS

 Conheça os impactos para quem vai entrar e para quem já está no serviço público

Quem será afetado pela reforma administrativa

  • As mudanças nas regras para os membros dos Poderes precisam ser realizadas pela própria organização, de acordo com a Constituição. No caso do Legislativo, a Câmara dos Deputados também apresentou uma proposta. Já o Judiciário precisa de um encaminhamento do Supremo Tribunal Federal (STF).

Tipo de contrato de trabalho e estabilidade

Cinco tipos de vínculos de trabalho

Pelas regras estabelecidas na PEC, os servidores serão divididos em cinco grupos.

Demissão por mau desempenho

A proposta é acabar com os penduricalhos

O governo federal está propondo acabar com uma série de benefícios ao servidor. Entenda.

Progressão automática

Aumento retroativo

Licença-prêmio

Acúmulo de cargos

Como é atualmente: Servidores podem acumular dois cargos de professor ou um cargo de professor mais outro em funções técnicas ou administrativas. Profissionais da saúde também podem ter dois cargos.

Como vai ficar: A PEC vai permitir ao servidor acumular mais de um cargo desde que esses trabalhos tenham carga horária compatível. Não poderão acumular funções as carreiras típicas de Estado.

Outros benefícios que serão extintos

Mais poderes ao presidente: criação e extinção de órgãos

Como é atualmente: A iniciativa só pode ser feita por meio da aprovação de um projeto de lei no Congresso.

Como vai ficar: O presidente da República poderá propor a extinção de cargos efetivos e comissionados, acabar com funções e gratificações e órgãos e autarquias, como o Ibama.  Pela Legislação, o Executivo poderá ainda fazer fusão e criação até de ministérios sem aval do Congresso.

Fonte: Ministério da Economia

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