O governo do Espírito Santo publicou nesta sexta-feira (29), no Diário Oficial, o edital para a elaboração do projeto e construção do novo aeroporto de Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Estado, que deve custar R$ 127,5 milhões. A publicação dá o pontapé inicial no empreendimento, mas a finalização das obras só deve acontecer depois de 2026.
Segundo a publicação, a empresa ou consórcio que vencer o pregão eletrônico, com menor preço global (projeto e obra), será anunciada em fevereiro de 2024. Uma vez validados os documentos e assinado o contrato, o edital aponta que a contratada terá seis meses para elaborar os projetos básicos e executivos, que precisarão ser aprovados pela Secretaria de Estado de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi).
Só então será dada a ordem de serviço para início efetivo das obras, que têm previsão de durar 24 meses (dois anos).
O anteprojeto do aeroporto — tipo de projeto de referência para orientar empresas que pretendem se inscrever no pregão — prevê que seja construído um novo terminal de passageiros ao lado do terminal atual, que deve custar R$ 8,6 milhões. Ele será dimensionado para uso executivo, ou seja, para aviões particulares, usadas por políticos, empresários ou artistas, por exemplo. Contudo, o governador do Estado, Renato Casagrande, não descartou o uso da estrutura para voos comerciais, a depender do interesse das empresas aéreas.
Ainda assim, o local não estará preparado para receber grande volume de passageiros. Segundo o anteprojeto, o novo terminal deverá comportar estrutura para atender a uma aeronave do tipo ART-72, que tem cerca de 70 assentos. Dessa forma, o documento prevê, entre outros pontos, uma área de check-in e embarque com 60 assentos e área de desembarque com uma esteira móvel.
O terminal atual será preservado, porém convertido em edifício de apoio. Essa reforma tem previsão de custar R$ 800 mil. Nele, haverá salas de operação de duas companhias aéreas para movimentação de cargas e atividades alfandegárias, salas para órgãos públicos (receita federal e polícia federal), sala de controle, sanitários e refeitório para funcionários.
Na apresentação da justificativa, o governo do Estado destaca que Cachoeiro é o segundo polo econômico mais importante do Espírito Santo, depois da Grande Vitória, principalmente por conta da atividade econômica fortemente voltada para a indústria extrativa de pedras ornamentais.
Com relação à movimentação aérea atual, o aeroporto não recebe aeronaves de aviação regular (voos comerciais ) e sim de aviação geral (aeromédica, captação de órgãos, eventos artísticos e empresariais, religiosa, esportiva, etc.), além de aeronaves de instrução (panorâmico, cursos, etc.) e movimentações de militares, helicópteros e ultraleves.
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