Aos poucos, os carros elétricos vêm ganhando espaço no mercado de automóveis do Espírito Santo. A venda desse tipo de veículo no Brasil cresceu 58% nos primeiros seis meses deste ano em relação a 2022, e o Estado é o sétimo com maior número de emplacamento no início de 2023.
E a previsão é de que o automóvel elétrico faça cada vez mais parte do dia a dia no futuro, visto que é mais sustentável, pois é movido a energia limpa e carbono zero quando o assunto é emissão de poluentes.
Mas, na prática, quanto dá para andar com uma carga de bateria? E como faz para carregar? Quem explica esses detalhes é Vinicio Carrara, diretor da Associação Brasileiro de Veículos Elétricos (ABVE). Para ele, a tendência é desse tipo de modelo ganhar cada vez mais espaço no Brasil, e de forma acelerada.
A distância que o carro consegue percorrer com a carga completa da bateria depende da autonomia dela. Os modelos 100% elétricos conseguem autonomia de 150 km a 400 km na grande maioria deles, segundo o diretor da ABVE.
Os 100% elétricos são abastecidos apenas com a carga elétrica. Mas existem os híbridos plug-in, ou com tomada, que são os modelos com mais unidades em circulação. O diretor explica que esses veículos são de duplo abastecimento, podendo ser carregados na tomada com energia ou também com gasolina. Nesse caso, contam com a autonomia da bateria e podem ser abastecidos com gasolina em situações em que não é possível o carregamento.
Existem carregadores de variadas potências, indo de 3,6 kw/h até 400 kw/h. Isso define a velocidade com que a bateria é carregada.
Sobre valor, o diretor da ABVE explica que, em média, vai de R$ 0,89 a R$ 1 por kw/h na residência. Nas estradas, paga-se mais pelo serviço e potência. O pagamento é feito, geralmente, por aplicativo e por cartão de crédito. Nos condomínios, costuma ser via boleto, sendo que alguns já contam com sistema de cobrança individualizado, assim como ocorre no caso de água e gás.
Ele estimou que o custo disso é de R$ 200, caso a pessoa percorra 1.000 quilômetro por mês. Para um automóvel que só utiliza combustível e faz, em média, 10 km por litro, esse custo passa para R$ 550 ao mês, considerando a gasolina a R$ 5,50.
Segundo ele, existem muitos fabricantes trazendo novos modelos para o Brasil com preço competitivo. “Democratizar essa categoria acelera mais ainda a transição para a modalidade limpa. A partir de 2027, acredito que vamos começar a presenciar mais esses modelos no dia a dia.”
As principais tecnologias são as seguintes:
No Espírito Santo, há mais de dez eletropostos disponíveis para recarga. Há opções em shoppings, hospitais, supermercados e também em concessionárias. A maioria ainda está na Capital, mas também há opção de recarga em Vila Velha, Serra, Cariacica e Ibiraçu. Confira abaixo alguns pontos no mapa:
Com o crescimento do número de carros elétricos no Estado e já pensando no futuro, quando esse tipo de veículo estará no dia a dia das famílias, construtoras já planejam prédios com preparação para carregamento elétrico. Isso tem ocorrido principalmente nos imóveis de médio e alto padrões.
Segundo Leandro Lorenzon, diretor da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Espírito Santo (Ademi), os compradores já estão preocupados com essa tendência, mesmo não tendo ainda esse tipo de veículo.
“Mesmo que a pessoa não tenha carro elétrico no momento ou intenção de comprar, esse item acaba sendo importante, porque imóvel é uma compra de longo prazo. Daqui a 20 ou 30 anos, na hora de vender o apartamento, se não tiver carregamento elétrico, ele pode ficar desvalorizado”, detalha.
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