O Espírito Santo é um exemplo para o país em inovação, adaptação e responsabilidade fiscal. Essa é a avaliação do consultor financeiro e comentarista da CBN, Luiz Gustavo Medina, que afirmou que o Brasil deveria seguir mais o caminho de organização e equilíbrio do Espírito Santo do que ir no rumo do Rio de Janeiro.
A afirmação foi feita nesta semana durante o painel "Preparação das organizações para os desafios do período pós-pandemia", realizado pela rádio CBN Vitória em comemoração aos seus 25 anos, e que contou com a participação de Medina e do CEO da Amana-Key, Oscar Motomura.
"Um dos azares do país, na minha opinião, é que o Brasil resolveu ser menos Espírito Santo e mais Rio de Janeiro. O Espírito Santo para algumas coisas está tão a frente dos outros Estados, que é uma pena que de maneira geral a gente continue achando que o 'improviso brasileiro/carioca' dá certo", disse Teco Medina ao ressaltar a boa experiência de responsabilidade fiscal do Espírito Santo nos últimos anos, que fez do Estado um lugar diferenciado no país no quesito contas públicas.
"O Estado [do Espírito Santo] é o único Estado brasileiro que controla as contas públicas desde sempre. O Estado tem um Fundo Soberano, se preocupa com as novas gerações, pois tem uma grana guardada que não é usada e em qualquer Estado do Brasil seria usada para qualquer coisa. Aqui não, está sendo pensado o que vai ser feito com ele (o dinheiro) um dia, para usar da melhor maneira possível", afirmou no painel.
Oscar Motomura concordou que o Estado é um exemplo para o país. Para ele, essa boa influência capixaba começa a ganhar força e visibilidade à medida que a era digital tem derrubado as barreiras físicas. "Com o digital, as fronteiras estão caindo. Com isso, acredito que a influência do Espírito Santo no Brasil tende a aumentar".
No painel, que abordou os desafios da economia e como empresas e gestores públicos devem ser preparar para o cenário pós-pandemia, se antecipando as mudanças do novo mundo, Motomura pontuou ainda que as organizações capixabas têm se mostrado mais preparadas para essas mudanças, se adaptando e inovando diante deste cenário difícil.
"Uma diferença grande que está acontecendo no Espírito Santo em relação ao Brasil é que no Espírito Santo a gente vê mais organizações que já estão se preparando [para o pós-pandemia]. No âmbito nacional a gente vê uma lacuna imensa. No Espírito Santo vemos um índice maior que o nacional de empresas que estão se preparando. Existe sim um diferencial no Espírito Santo".
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