"A pandemia do novo coronavírus é um ponto de virada para a indústria capixaba", afirmou a empresária Cristhine Samorini, que assumiu nesta quarta-feira (29) a presidência do Sistema da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes). Ela é a primeira mulher a comandar a federação, em mais de 60 anos de história, e a terceira a representar o setor industrial no país.
Em seu discurso de posse, lembrou que, no final da década de 1920, o café era o principal produto do Espírito Santo. Naquele período, a crise derrubou o preço dos grãos e gerou uma crise no setor. Diante disso, o Estado teve que se reinventar para mudar sua matriz e investir também na indústria. "Queremos uma indústria mais produtiva, inovadora e competitiva", aponta a nova presidente da federação.
"Precisamos fazer mais e tornar o Estado um modelo de sucesso que sirva de exemplo para todo o país. Para isso, precisamos melhorar a infraestrutura, avançar nas agendas de concessões, privatizações e Parcerias Público-Privadas (PPPs) e debater os temas tributários", afirma.
Ainda de acordo com ela, as indústrias nacional e capixaba vão precisar encontrar saídas para compensar o grande prejuízo causado pela Covid-19 e que o cenário pós-pandemia vai exigir das companhias redução de custos, aumento da eficiência, inovação e transformação digital.
Na cerimônia de posse, realizada de forma virtual, o presidente da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), Robson Andrade, ressaltou que a nova gestão da Findes começa em um período difícil, mas que tem uma vantagem trabalhar com uma visão de futuro.
"Nosso trabalho é com a visão de desenvolvimento, crescimento, social, melhoria de condições de trabalho e, atualmente e principalmente, com as inovações e tecnologias. Hoje, a inovação é fundamental para que a indústria brasileira possa ser forte e competitiva, principalmente com as indústrias globais, visando o mercado interno e o externo", apontou.
Léo de Castro, que presidiu a Findes de 2017 a 2020, afirmou que o grande desafio do Estado ainda é se conectar de forma competitiva com o Brasil e com o mundo. Para isso, segundo ele, é preciso ter a Codesa privatizada, o Aeroporto de Linhares com voos regulares e a Estrada de Ferro (EF) 118 construída e operando.
Na ocasião, também foi inaugurado o novo espaço do Instituto Senai de Tecnologia em Eficiência Operacional.
Cristhine Samorini , 41 anos, é administradora, especialista em negócios com MBA em marketing. Ela é a diretora comercial da Grafitusa, gigante do ramo das gráficas, que completa 100 anos de funcionamento no mês de maio.
Ela também preside o Sindicato das Indústrias Gráficas do Espírito Santo (Siges), um dos 33 que compõem a Findes. Ela é a primeira mulher a ser eleita presidente da Findes na história da instituição. A industrial foi eleita no dia 30 de abril e comandará a federação até 2023.
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