A cidade capixaba de Guarapari vai ganhar mais uma opção para atrair turistas na alta temporada, sobretudo os mineiros. Entre os dias 17 de dezembro e 31 de janeiro de 2021, o aeroporto regional vai receber voos diários diretos vindos do Aeroporto de Confins, em Belo Horizonte.
A nova operação da Azul, ainda que temporária e feita em um avião que comporta apenas nove passageiros, engorda o portfólio de opções e meios de transportes que interligam a capital mineira às praias capixabas. Porém, com tantas alternativas acaba vindo a dúvida: o que vale mais a pena, ir de ônibus, trem, avião ou carro próprio?
A Gazeta pesquisou os preços desses quatro meios e montou seis opções possíveis. Os preços variam de acordo com o modal, mas a maior diferença mesmo é o tempo de duração das viagens, que pode acabar fazendo uma opção um pouco mais cara ter um custo-benefício bem melhor.
Para o levantamento, a reportagem consultou a companhia aérea quanto ao valor dos bilhetes e também pesquisou nos sites da Vale, Kaissara, Alvorada, e da própria Azul, empresas que oferecem essas opções de transporte, e também considerou o preço média da gasolina.
A Azul Linhas Aéreas informou que o voo direto para Guarapari terá tarifas promocionais a partir de R$ 199. As vendas já foram iniciadas no site da empresa, que mostra que o preço do voo no primeiro dia de operação (17 de dezembro) será de R$ 376,52, para quem sai de Belo Horizonte, e R$ 343,90, para quem sai de Guarapari. A viagem será de 1h40. Os voos serão diários.
Uma rota alternativa a essa seria fazer parte do percurso de avião e a outra de ônibus. O custo seria de aproximadamente R$ 170 e a viagem duraria 2h35. Para isso seria preciso pegar um voo de Belo Horizonte para o Aeroporto de Vitória e depois seguir de ônibus até Guarapari. Há opções, inclusive, saindo da porta do aeroporto.
Um percurso muito mais demorado, mas também bem mais em conta é o que combina trem e ônibus. Nesse caso seriam quase 14 horas de viagem e o valor sairia a R$ 89,89. Primeiro o turista viria de trem pela Estrada de Ferro Vitória Minas, até a Estação Ferroviária Pedro Nolasco, em Cariacica. Então, seguiria para Guarapari de ônibus.
Já para quem quiser pegar a estrada com a família, ou sozinho, o trajeto mais rápido de Belo Horizonte a Guarapari tem 533 quilômetros e leva cerca de 9h, a depender das condições do trânsito. Considerando um carro popular que faça uma média de 14 quilômetros por litro, o custo ficaria em R$ 167,89.
Esse cálculo considera que o motorista abasteça o veículo em BH, com a gasolina custando R$ 4,41 o litro, média atual na cidade de acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP). É importante lembrar que não consideramos o custo de manutenção do carro.
Anualmente, durante o verão, Guarapari recebe milhares de turistas, principalmente mineiros. De acordo com a Secretaria de Estado de Turismo (Setur), atualmente, 48% dos turistas que chegam a Guarapari vem de Minas Gerais.
Em entrevista ao programa Cotidiano da Rádio CBN Vitória na tarde desta terça-feira (17), o secretário estadual de turismo, Dorval Uliana, explicou que a nova rota aérea vai trazer mais dinheiro para circular no Estado.
"Esse voo é importante para a qualificação do perfil do turista que vem para o nosso litoral. Também estamos de olho no turismo do Centro-oeste, porque ele tem um ticket médio, capacidade econômica, interessante. A interligação com o Estado também ocorreria nesses pequenos aviões", comentou.
Uliana destacou que o governo está em conversa com a empresa que administra o Aeroporto de Vitória, a suíça Zurich Airport, para trazer pelo menos mais três rotas para o Estado.
"Querem também voos que interliguem o Sul da Baia, Leste de Minas e Norte do Rio de Janeiro com o Aeroporto de Vitória. Essas rotas seriam para turismo e também para negócios. Muitas cadeias produtivas do Estado tem demanda direta para estes destinos e com voos diretor poderíamos atendê-la", explicou.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta