O navio-plataforma Maria Quitéria, da Petrobras, concluiu, nesta semana, as suas instalações submarinas no Espírito Santo. O início da operação da unidade do tipo FPSO é aguardado para aumentar a produção de petróleo no Estado, visto que tem capacidade de produzir 100 mil barris de óleo do pré-sal por dia e 5 milhões de metros cúbicos de gás.
A embarcação teve a interligação concluída de dutos flexíveis e umbilical do primeiro poço que vai operar a plataforma no campo de Jubarte, no Litoral Sul do Espírito Santo, na Bacia de Campos. Mas, para a retirada do primeiro óleo, ainda são necessárias outras etapas.
"Estas operações são feitas com o auxílio de embarcações chamadas Pipe Lay Support Vessels (PLSVs), que fazem a conexão das linhas e umbilicais nas árvores de natal (ANM) do poço e os lançam em direção à plataforma até sua conexão na unidade, o que chamamos de pull in. Essa etapa é feita por meio da transferência dos sistemas do PLSV para os sistemas do FPSO", detalhou a Petrobras.
A unidade saiu da China em maio e chegou ao Brasil no início de agosto. O início das operações, que antes estava previsto para 2025, teve cronograma adiantado, e o começo da produção deve ocorrer ainda em 2024, no último trimestre.
Segundo informações da Petrobras, com a conclusão dessa etapa, o FPSO Maria Quitéria está pronto para o comissionamento de sistemas e, após o recebimento das autorizações necessárias da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), poderá retirar o primeiro óleo, o que estava previsto ainda para o final de 2024.
A produção do FPSO será aumentada gradativamente na medida em que mais poços forem conectados ao FPSO. Ao todo serão 16 poços interligados à unidade, sendo 8 injetores e 8 produtores. O pico de produção da unidade é esperado que ocorra em 2026, quando se deve atingir a capacidade de produção de óleo nominal da unidade.
O poço com a conexão finalizada é o primeiro dos 16 que serão interligados à unidades, sendo oito injetores e oito produtores. A interligação dos poços ao FPSO será feita gradativamente, quando a produção também será aumentada até chegar à sua capacidade total.
"É esperado que o pico de produção da unidade ocorra em 2026, quando deve atingir a capacidade de produção de óleo nominal da unidade", afirma a Petrobras.
O navio-plataforma tem tecnologias para descarbonização, como o ciclo combinado na geração de energia, que vai resultar em menor emissão de gases do efeito estufa, de acordo com a estatal.
O Ibama e a ANP foram procurados para comentar o andamento das licenças, mas ainda não deram retorno.
Após a publicação da reportagem, a Petrobras informou que o navio-plataforma Maria Quitéria ainda não está pronto para produzir o primeiro óleo. O título e o texto da matéria foram corrigidos.
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