A petroleira norueguesa BW Energy completou a aquisição da FPSO Cidade de Vitória, navio-plataforma que atua no campo de Golfinho, área de produção e exploração de óleo e gás em águas profundas do pós-sal no Norte do Espírito Santo. O navio-plataforma produz cerca de 10 mil barris de petróleo por dia.
A BW Energy anunciou a finalização da compra na terça-feira (21), informando que o negócio com a italiana Saipem foi fechado por R$ US$ 73 milhões (RS 357 milhões). O acordo havia sido fechado em junho de 2022. A BW Energy pagou US$ 38 milhões no terceiro trimestre de 2023. E outros US$ 35 milhões serão pagos em 18 parcelas mensais, sendo que a primeira já foi paga, informou a companhia.
A FPSO Cidade de Vitória é uma unidade flexível com capacidade de armazenamento de 1,6 milhão de barris. Segundo a BW Energy, a unidade, que passou recentemente por reparos e melhorias, pode produzir mais de 100.000 barris por dia de petróleo e possui capacidade adicional para produção e compressão de gás.
"Isso posiciona a BW Energy para aumentar eficientemente a produção do cluster Golfinho, com ampla capacidade de manuseio de petróleo e gás para acomodar o potencial futuro planejado. A aquisição da FPSO permitirá à BW Energy reduzir os custos operacionais totais do campo", ressaltou a empresa.
Em informe aos investidores, a empresa destaca que a aquisição inclui acúmulos substanciais de gás recuperável para potencial desenvolvimento futuro. "A aquisição inclui gasoduto de exportação de gás com acesso a uma instalação de processamento de gás em terra em um mercado em crescimento", complementou.
A aquisição da FPSO Cidade de Vitória está relacionada ao processo de transferência dos polos de Golfinho e Camarupirim na bacia do Espírito Santo da Petrobras para a BW Energy, que foi completada no dia 28 de agosto, quando a BW passou a ser a operadora do campo.
Segundo a Petrobras, a operação foi concluída com o pagamento à vista de US$ 12,2 milhões para a empresa brasileira, já com os ajustes previstos no contrato. O valor recebido hoje se soma ao montante de US$ 3 milhões pagos à Petrobras na ocasião da assinatura do contrato.
Além desse montante, é previsto o recebimento pela Petrobras de até US$ 60 milhões em pagamentos contingentes, a depender das cotações futuras do Brent e desenvolvimento dos ativos. Os campos cedidos respondem por 6,6% da produção operada pela empresa no Estado do Espírito Santo.
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