Empregados da Petrobras no Espírito Santo vão aderir à greve nacional aprovada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), que começa na próxima segunda-feira (25). A paralisação será por tempo determinado, de acordo com o Sindicato dos Petroleiros do Espírito Santo (Sindipetro), e vai durar até sexta-feira (29).
O secretário de Finanças do Sindipetro, Davidson Lomba, explicou que parte das atividades serão paralisadas no Estado, como plataformas, unidades de produção e tratamento e terminais de óleo e gás. Já o abastecimento de combustível, segundo ele, não deve ser interrompido. Também estão previstos atos de protesto ao longo da semana em frente a sede da Petrobras na Reta da Penha.
"O que é atividade essencial não vamos parar, até porque não queremos causar impacto para a sociedade. Ninguém precisa correr para abastecer carro porque não vai ficar sem. O posto que aumentar preço é por irresponsabilidade deles, porque esse serviço não será afetado", garante.
As entidades que representam os petroleiros acusam a estatal de descumprir o acordo coletivo firmado neste mês após um extenso período de negociação direta e mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST). A estatal, segundo a entidade, não está cumprindo cláusulas relativas à segurança dos trabalhadores e do meio ambiente e também relativas a garantias conquistadas pelos funcionários que ingressaram por meio de concurso público.
Ele continuou: "Só pra lembrar, aqui já tivemos recentemente dois acidentes graves envolvendo a Petrobras. Teve a explosão de uma caldeira da Petrobras na área da Vale a explosão da plataforma lá em Aracruz. O que nós pedimos é que a Petrobras não sucateie as unidades daqui com terceirização, porque quando se terceiriza acaba o compromisso com a segurança. Isso não funciona, ainda mais numa indústria tão perigosa como a do petróleo", diz o sindicalista.
Sobre a segurança da saúde dos trabalhadores e do meio ambiente, existem duas acusações da FUP. A de que a empresa vinculou a premiação de empregados, revertida em ganhos salariaIs, a metas de segurança, o que estimula a subnotificação de acidentes; e a de que o número de tripulantes nas plataformas foi reduzido nos últimos anos a ponto de colocar em risco os que permaneceram trabalhando nas embarcações.
No que diz respeito às garantias dos concursados, a acusação é de que a empresa está decidindo demissões e transferências das equipes das unidades inseridas no programa de privatização sem conversar com o sindicato, como prevê o acordo coletivo, segundo a FUP.
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