A economia do Espírito Santo tem conseguido deslanchar e se deslocar do cenário nacional mesmo com a crise política e os altos e baixos da pandemia da Covid-19, que, embora comece a enfraquecer devido à vacinação, continua a causar incertezas com as descobertas de variantes do novo coronavírus.
Entre janeiro e setembro deste ano, o Produto Interno Bruto (PIB) no Estado apresentou crescimento de 7,9% em comparação com o mesmo período do ano passado. Já o Brasil avançou 5,7%, de acordo com o levantamento.
Os dados são do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) em parceria com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e foram divulgados na tarde desta quinta-feira (16).
Conforme mostrou o Anuário Espírito Santo, de A Gazeta, o ritmo mais acelerado dos primeiros trimestres do ano devem fazer a economia capixaba fechar 2021 com crescimento de 5%.
Segundo o estudo do IJSN, no terceiro trimestre do ano, a geração de riquezas capixaba foi de R$ 39 bilhões, resultado 2,2% maior em relação ao período anterior, enquanto que o país ficou com 0,1%.
Em comparação com o mesmo trimestre do ano passado, o avanço foi de 7,2% em território espírito-santense. O nacional foi 4%.
A recuperação tem sido pautada principalmente pela recuperação dos segmentos que no ano anterior tiveram quedas expressivas devido a medidas de isolamento social.
Embora a base de comparação seja baixa, os resultados trazem otimismo. Segundo o documento do PIB, entre janeiro e setembro o comércio registrou 17,6% de alta nas vendas. Já o setor de serviços conseguiu no mesmo período ter um incremento de 10,2% nas negociações.
Mesmo com a queda de 14,2% na produção do setor extrativo, a indústria em geral cresceu 8,5%, puxada pela expansão das atividades de transformação (23,9%).
Segundo o IJSN, em 12 meses (de outubro de 2020 a setembro de 2021), a economia capixaba movimentou R$ 147,1 bilhões. A taxa de crescimento foi de 6%, quase o dobro do resultado conquistado pelo país (3,9%).
Em entrevista ao Anuário, o secretário estadual de Inovação e Desenvolvimento, Tyago Hoffmann, explica que os bons resultados têm relação com o Espírito Santo ser um Estado organizado.
O crescimento de 5% em 2021, com um percentual menor do acumulado entre janeiro e setembro, tem relação com a recente desaceleração em alguns segmentos.
O setor de serviços, por exemplo, caiu 1,2% em outubro. O comércio retraiu -1,6. Já a indústria apresentou queda de 1%.
Para 2022, a tendência, segundo o Instituto Jones, é que o PIB cresça 2%, seguindo também acima da média nacional (1,2%).
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta