> >
PicPay passa a cobrar por transferência de auxílio emergencial e FGTS

PicPay passa a cobrar por transferência de auxílio emergencial e FGTS

Taxa é para transações usando o cartão de débito virtual da Caixa e segue o movimento das fintechs Mercado Pago e Pagbank, que já tinham instituído cobranças para essas operações. Veja como fugir das tarifas

Publicado em 14 de outubro de 2020 às 19:58

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
R$600 em notas de R$100. O valor do auxílio emergencial.
R$ 600 em notas de R$ 100: transferir o auxílio emergencial para fintechs tem sido tática para antecipar saque. (Carlos Alberto Silva)

PicPay começou a cobrar uma taxa por transferências do Caixa Tem para a carteira digital usando o cartão de débito virtual da Caixa. Com isso, quem tem optado por transferir os recursos recebidos do auxílio emergencial e do saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) diretamente para o aplicativo agora tem descontada uma taxa de 1,99% sob o valor da transação.

A mudança segue o movimento das fintechs Mercado Pago e Pagbank, que também permitem a transferência pelo cartão de débito virtual e que já tinham instituído taxas para essas transações. Já a transferência para essas contas digitais via pagamento de boleto continua sem a cobrança de taxas em todos os casos.

As transferências do auxílio emergencial e do FGTS para contas em fintechs passaram a ser muito utilizadas como forma de driblar o modelo de pagamentos da Caixa, que primeiro faz o crédito do benefício na conta digital e só depois de algumas semanas libera  saques e transferências para outros bancos.

Nesse período até a liberação do saque, o usuário pode fazer pagamentos e compras pelo app Caixa Tem, como transações por QR code, boletos e compras on-line com o cartão de débito virtual da Caixa. É aí que os beneficiários encontraram uma brecha para antecipar os valores.

A tática tem sido transferir os recursos para carteiras digitais de fintechs. Para isso, há dois caminhos: gerar um boleto no aplicativo da fintech para adicionar à carteira o valor do benefício e pagar esse boleto pelo Caixa Tem; ou adicionar o dinheiro à carteira por meio do cartão de débito virtual, como se fosse uma compra on-line em que você informa o cartão para pagamento.

É essa segunda opção que passou a ser taxada pelas empresas de pagamento. O Mercado Pago, por exemplo, foi o primeiro a cobrar pelas transferências via cartão de débito, ainda em julho, com uma taxa de 0,8%. Agora, a taxa também já está em 1,99% sobre os valores depositados em sua conta digital via qualquer cartão de débito aceito pelo app, tarifa que, segundo a fintech, tem como finalidade cobrir parte dos custos envolvidos com este tipo de transação.

Usuários têm reclamado do valor da taxa para o benefício social. Caso uma pessoa queira transferir os R$ 600 do auxílio emergencial para o PicPay ou Mercado Pago, por exemplo, quase R$ 12 são descontados por conta da cobrança. Já no PagBank, hoje com uma tarifa menor, de 1,65% por transação usando o cartão de débito virtual da Caixa, usando o mesmo exemplo de R$ 600, daria pouco menos de R$ 10 de taxa.

Operação de transferência do auxílio emergencial para o PicPay com a taxa. (Reprodução)

A Gazeta procurou o PicPay para comentar sobre a cobrança da taxa. Em nota, a fintech respondeu que, "dada a situação emergencial imposta pela pandemia, ofereceu gratuidade nas transações de auxílio emergencial por 5 meses - tanto por meio do cartão de débito da Caixa, quanto por boleto". Informou ainda que, a partir deste mês, passou a cobrar apenas para a transferência por meio do cartão de débito, mas a gratuidade se mantém para quem utiliza a função boleto para o mesmo fim.

COMO ANTECIPAR O AUXÍLIO EMERGENCIAL E O FGTS SEM A COBRANÇA DE TAXAS

Continua tendo custo zero movimentar o dinheiro do benefício por meio da emissão dos boletos nesses aplicativos e também em outros bancos digitais, como Original, Neon, Nubank e Inter. Isso tudo pode ser feito pela internet de forma bem simples:

  1. Abra o aplicativo do seu banco digital ou carteira virtual;
  2. Escolha a opção de depósito por boleto/adicionar na carteira por boleto;
  3. Gere um boleto com código de barras no valor que deseja transferir (no máximo R$ 600 por boleto, que é o limite diário do Caixa TEM para a modalidade);
  4. Copie o número do código de barras;
  5. Abra o aplicativo Caixa TEM;
  6. Selecione a opção ‘pagamentos’. Cole o número do código de barras do boleto para pagar e confirme;
  7. Depois da confirmação, aguarde até 3 dias para que o dinheiro caia na conta digital.

Pronto. A partir do dinheiro na conta do sua fintech, é possível solicitar o saque por meio dessas instituições (usando caixas 24 horas). O usuário também pode transferir os valores para seu banco tradicional via TED, modelo que na maioria dos bancos digitais não possui taxa.

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais